Um menino de 11 anos precisou mudar de escola no Distrito Federal porque o estabelecimento não aceitava que ele continuasse com os cabelos longos. Segundo a mãe, a família fez uma promessa e só vai poder cortar as madeixas de Luís Phelipe Oliveira daqui a dois anos. Agora, o caso foi parar na Justiça.
A pressão para cortar o cabelo teria começado antes das férias de julho. A direção do Colégio Adventista de Planaltina chegou a mandar uma notificação para os pais, alertando que o aluno não poderia frequentar as aulas se continuasse com o cabelo comprido.
Em nota, a escola diz que é contra qualquer tipo de preconceito ou discriminação. No entanto, afirma que o código disciplinar tem regras gerais de conduta válida para todos os alunos e que a mãe concordou com elas no momento da matrícula.
“Quando ele voltou das férias, começaram novamente [a reclamar]. Porque antes de eu receber a notificação, estavam indo diretamente nele para falar: ‘Olha, aqui não pode cabelo comprido. Você tem que cortar’. Ele chegava em casa muito chateado”, conta a mãe, Alessandra Oliveira.
Ainda assim, a mãe disse que o cabelo não foi impedimento para o filho cantar no coral e fazer o papel de Jesus em uma peça da escola.
De acordo com o advogado Carlos Henrique Gouveia, a escola constrangeu o menino. “Quem tem o dever de guarda e segurança pela criança não pode colocar em situação vexatória. Foi exatamente o que aconteceu.”