Na medida em que Renato Casagrande (PSB) amplia fronteiras, a fissura provocada na base aliada pela desistência do governador Paulo Hartung (MDB) já se projeta como fratura, expondo divergências, como a que acaba de ser verificada no PSD.

O  secretário geral do partido, deputado Enivaldo dos Anjos, quer toda a Executiva participando da discussão sobre alianças para as eleições majoritárias e se queixa de que o presidente da legenda, Neucimar Fraga, quer articular sozinho para colocar o PSD apoiando a candidatura do vice-governador Cesar Colnago, pelo PSDB.

“A escolha deve ser apreciada pela Executiva toda e acho que o partido tem que primeiro fazer a coligação na proporcional e não ficar sendo engolido pelo PSDB , que nada tem a acrescentar na coligação proporcional. O certo seria manter a coligação proporcional com os partidos PRB, PROS e PSD, em torno do Amaro Neto para o Senado”, disse Enivaldo.

No entendimento do deputado, uma outra opção seria esses partidos saírem independentes para a eleição, sem apoio oficial a governador. “O PSD deve cuidar das proporcionais e não ficar se metendo na majoritária“, finalizou Enivaldo.

Estava na cara: o governador não preparou ninguém para esse momento. No processo, ele vai dar um jeito de proteger seu grupo original e os-outros-que-se-danem-futebol-clube. O senador Ricardo Ferraço (PSDB) é o maior prejudicado.

Enivaldo é aliado de primeira hora de Ricardo e, além disso, se estranha com Cesar Colnago desde sempre, principalmente por interesses políticos no norte  do Estado. São Mateus, onde Colnago “segura” no cargo um prefeito cassado pela Justiça Eleitoral, é um dos principais centros de divergência entre Enivaldo e César.

Evidência de que Colnago terá o palanque para Geraldo Alckmin, o presidenciável tucano, no Estado. Depois, se vê.