O poder não emana do Congresso Nacional, das assembleias legislativas e tampouco das câmaras de vereadores.

O poder não advém das sentenças dos juizes, das decisões dos tribunais ou dos atos normativos dos públicos gestores.

O poder - toda forma de poder concebido dentro da República, nasce do povo, provém do povo e ao povo volta quando exigido e quem a isso se opõe, não o faz em nome do povo.

A Constituição e as leis devem ser a expressão da vontade popular e todo aquele que às faz ou às utiliza fora desse parâmetro, o faz contra o povo e pelo povo deve ser punido.

Uma Constituição não serve para "proteger o povo", eis que o povo se protege com armas e até com paus e pedras, se for preciso.

A verdadeira (senão a única) utilidade de uma Constituição está na capacidade de limitar o Estado e as ações daqueles que agem ou dizem agir em nome do Estado e tudo o que disto estiver fora, não o faz em nome do povo e pelo povo e se uma Constituição não se presta a isso, ela nada vale.

Se uma Constituição permite que os patrícios sejam maltratados, injustiçados, despojados dos seus bens e direitos sem um justo julgamento perante seus pares, ela (a Constituição) não passa de um trapo inútil que apenas os canalhas ou os plenamente entorpecidos pelo ópio da hipocrisia são capazes de enaltecer.

Tão caras lições apreendidas ao longo da História das nações e que precisam ser vivificadas (ou reaprendidas) por todos e só quem não é povo ou age contra o povo disso tem a pachorra de discordar.