Renato Casagrande (PSB) percorreu um vitorioso caminho de deputado estadual a governador por dois mandatos, o segundo em curso. Entretanto, é preocupante a sua dificuldade de gerenciar o Estado. Os capixabas clamam por um líder pleno no Executivo, sem medo de desafios.

Mal assessorado e com personalidade política alterada ao longo dos anos, de um agente público quase ingênuo a um perseguidor implacável sem precedentes de oposição, instituindo um universo dissociado e paralelo da realidade do tempo real, das linhas libertárias da navegação virtual, cibernética, dentro da revolução tecnológica sem fronteiras.

Sensível às críticas até do senso comum, o governador do Espírito Santo sai do casulo como promessa de um estatista e vira, de repente, uma capa de déspota, judicializando e se valendo do abuso de poder como meio de sobrevivência, sem pauta positiva de diálogo para o avanço e um futuro planejado.

Enquanto o PIB do Estado despenca, as ações sociais inertes, com dependência dos favores do Governo Federal, o governador se preocupa com um outdoor discordante da sua linha ideológica ou preocupado com montagens, mesmo ácidas, nas correntezas das redes sociais. Está assombrado na caverna de Platão.

Analógico, tem preferência em fomentar o ódio contra todos que se opõe ao seu projeto de poder. Não se deu conta da evolução da caricatura para as montagens. Expressa complexo de inferioridade como navegante neófito nas águas das redes sociais.Comemora a mordaça, anseia pela criminalização da opinião. Inimaginável tal comportamento histriônico.

O seu primeiro mandato foi mediano. Perdeu a reeleição por soberba e mal assessoramento. A possibilidade da história se repetir é ampla em probabilidade maior. O povo capixaba esperava um governador de todos e não somente do seu partido. O capixaba tem um conta muito alta a pagar por essa incapacidade de construção do futuro com altivez e responsabilidade sem viés ideológico monopolista.

O governador se elegeu preconizando o diálogo com todos os setores da sociedade. Porém, o que se assiste é a construção de pontes fissuradas de uma política velha, castradora de outras vozes, com requintes de crueldade contra seus detratores.

O Governo do Estado pode entrar em colapso pela ausência de uma liderança democrática e competente. O poder do estado nunca deveria enganar seu detentor, justamente o que acontece com Casagrande na obsessão em sufocar os capixabas com protocolos políticos em extinção no mundo.

O Chefe do Executivo precisa se recompor a tempo. Amparar-se no humanismo, nos direitos e garantias fundamentais, honrando Rubem Braga, um dos fundadores do PSB no Espírito Santo.