O início da décima temporada do programa Masterchef Brasil foi marcado por uma chuva de críticas a apresentadora Ana Paula Padrão. Ao cumprimentar os 18 participantes da exibição, a jornalista saiu do padrão da língua portuguesa e optou por usar uma linguagem neutra, devido à presença de uma pessoa não binária.

– Olá! Agora, sim, de forma definitiva: sejam muito bem-vindas, bem-vindos e bem-vindes à cozinha do MasterChef – disse.


Não demorou muito para que o gesto fosse criticado pelos telespectadores do programa.

– Errou feio na gramática. Se queria parecer moderninha e agradar os LGBT, bastaria falar “Bem-vindes” que já inclui todos os gêneros – disse uma internauta.

Crítica a Ana Paula Padrão

– (…) As pessoas vão se rendendo cada vez mais às merdas woke em troca de se manterem empregadas – comentou outro.

Crítica a Ana Paula Padrão

Para o deputado estadual Jessé Lopes (PL-SC), o uso da linguagem serviu “apenas como desserviço à nossa nação”.

Crítica a Ana Paula Padrão

 

CRÍTICA AO CONSERVADORISMO
Ao site MasterChef, Ana Paula Padrão declarou que “o argumento de que os pronomes neutros não existem na gramática da língua portuguesa é uma maneira do conservadorismo reagir a existências dessas pessoas não binárias”. Em entrevista, a apresentadora afirmou que a saudação não teve como objetivo alterar a língua portuguesa; como justificativa disse que o termo foi usado como um “sinal de respeito” a um dos participantes que “se apresenta como não binária” a fim de “reconhecer a existência dessa pessoa”.

A jornalista se referiu ao participante Wilton, de 26 anos, que se identifica como “não binário”.

– Se você usa a palavra para reconhecer e aceitar a presença daquela pessoa, você está trazendo aquela pessoa à cena. Você para de negar a existência dessa pessoa. Eu não vou negar a existência de ninguém. Eu respeito qualquer um – defendeu.

Para Ana Paula Padrão, “agora é todo mundo junto e misturado”.

 

SURDOS, CEGOS E DISLÉXICOS
A professora Cíntia Chagas, famosa nas redes sociais por suas aulas de Língua Portuguesa, não deixou de comentar o episódio e deixou duas análises. Ou a jornalista “contribui para a exclusão de surdos, cegos e disléxicos” ou apenas criou “polêmica” na TV brasileira com o objetivo de “aparecer”.