No coração de Barcelona, precisamente em El Prat de Llobregat, Alejandro B. foi resgatado de sua própria casa. Agora, essa não é uma história de resgate comum – foi uma operação gigantesca de sete horas!

Imagine isso: bombeiros, máscaras postas, trajes de risco biológico fechados, cavando através de uma ‘montanha’ de lixo, desde o amanhecer até às 3 da manhã. Veja bem, Alejandro, um homem robusto de cerca de 250 kg, estava vivendo entre a desordem e não tinha deixado sua casa desde que a pandemia começou.

Os vizinhos perceberam que algo estava errado e até chamaram a atenção do Conselho da Cidade de Barcelona. Mas era como jogar whack-a-mole. Alejandro insistia que estava bem e não deixava ninguém entrar em sua fortaleza de solidão. “Uma simples ligação e um casual ‘estou bem’ era o suficiente para eles”, reclamou um vizinho, que preferiu permanecer anônimo.

 

PRESO EM UMA MONTANHA DE LIXO

 

O coitado trabalhava no aeroporto, um cientista da computação, dizem. Mas a pandemia veio, e a casa virou escritório. Ninguém sabia o quão ruim as coisas estavam até esta operação se desdobrar. Alejandro nem mesmo pegava seus remédios há anos. Parece ser um caso claro e extremo de síndrome de Diógenes.

Mas não quero ser todo sombrio, o resgate foi um sucesso. No meio dos escombros, os bombeiros encontraram Alejandro e, apesar de um pouco de dificuldade para respirar, ele estava bem. Ele foi levado em uma empilhadeira através de uma janela.

Agora, ele está no hospital Bellvitge e o que se ouve por aí é que ele não corre perigo mortal.O que acontece a seguir com o cientista da computação transformado em eremita? Ele pode voltar para casa ou precisa ser colocado em um centro de saúde social?

Arnau García, chefe de ação social e comunitária em El Prat, agora está diante de uma pergunta crítica. As coisas poderiam ter sido diferentes se tivessem notado que Alejandro não estava pegando seus remédios? Mas como dizem, a visão retrospectiva é 20/20.

Por enquanto, vamos apenas agradecer que as pessoas em El Prat de Llobregat foram vigilantes o suficiente para perceber que algo estava errado. E, claro, parabéns aos bravos bombeiros por mais um resgate bem-sucedido. Nestes tempos difíceis, somos lembrados mais uma vez de que realmente é necessário uma comunidade inteira.

 

 

Mas também, que isso sirva de alerta para todos nós. Fiquemos atentos uns aos outros, porque nunca se sabe quem pode estar escondido, chamando silenciosamente por ajuda.