Uma polêmica ronda o filme "Matador de Aluguel", releitura do clássico de 1989 com estreia prevista para este ano. A Amazon, produtora do longa, é acusada de ter utilizado inteligência artificial durante a greve dos atores em Hollywood, no ano passado, para dar continuidade as gravações do filme.

Na terça-feira, 27, R. Lance Hill, o roteirista do filme de 1989, processou o estúdio MGM, controlado pela Amazon, por violação de direitos autorais. Segundo ele, o estúdio ignorou o seu direito de autor sobre a história criada há mais de 30 anos.

O conflito joga luz sobre as ramificações da nova Hollywood. Originalmente, os direitos de "Matador de Aluguel" eram da United Artists, produtora formada há mais de um século por estrelas como Charlie Chaplin e Mary Pickford. Em 1981, a MGM comprou a United Artists --e, em 2022, a Amazon comprou a MGM por US$ 8,5 bilhões.

Hill pediu para que os direitos autorais de "Matador de Aluguel" fossem revertidos para ele em 2021, através da Secretária de Direitos Autorais dos Estados Unidos, já que a United Artists perderia os direitos sobre o filme em novembro de 2023.

Mas a Amazon, segundo Hill, teria ignorado o seu pedido e tomou medidas para contornar a greve de Hollywood e terminar as filmagens do longa antes que seus direitos autorais da United Artists espirassem, informa o LA Times.