Em uma conversa permeada por gritinhos histéricos da plateia composta majoritariamente por jovens garotas -e alguns garotos-, o jornalista Pedro Bial questionou o ator capixaba Chay Suede, 26, se ele não exploraria um pouco de certa androgenia em suas interpretações.

 

"Com certeza exploro", replicou Suede. "Sou muito feminino e acho isso muito positivo", disse o ator, que é um dos entrevistados do Conversa do Bial (Globo) desta quinta-feira (20).

 

Em uma entrevista que abordou temas como política, família e, claro, vida profissional, Chay foi apresentado por Bial como "o terceiro sol de o 'Segundo Sol'". O ator, que está na trama das nove como Ícaro, de fato está voando.

 

"Interpretar o Ícaro é um grande prazer, mas não fazia ideia de como seria. Achei que podia ser ridicularizado em qualquer nível", disse o ator.

 

Prestes a estrear em quatro filmes e a lançar seu primeiro longa como diretor, Suede atualmente é uma das principais apostas da Globo. Ao contrário do homônimo mitológico de seu personagem ficcional, que ao tentar voar muito próximo do Sol acabou caindo em direção à morte, a história de Suede é menos dramática.

 

Nascido Roobertchay -um nome inventado pelo avô do ator, que criou um dialeto só falado pelo próprio- Suede não foi ridicularizado. Pelo contrário, as experiências em novelas da Globo (essa é a quinta do ator) o credenciaram a ter uma carreira profícua no cinema nacional.

 

No final do ano será lançado o filme "Minha Fama de Mau", onde ele interpreta o músico Erasmo Carlos. Além disso, o ator deve aparecer nas telonas pelo menos mais três vezes em 2019, nos filmes "Rasga Coração", "Domingo" e "O Sofá". "Fazer TV alimenta o ator a fazer cinema. Horas no set é tempo de voo, ajuda muito."

 

O ator, que, quando mais novo, chegou a ser aprovado em terceiro lugar no curso de audiovisual da Universidade Federal do Espírito Santo, também prepara sua estreia na direção, realizada ao lado do pai, Roobertchay da Rocha, no filme "O Eremita".