Criadora do poderoso e controlador multimilionário Christian Grey, para a escritora britânica E.L. James, autora da série 50 tons de Cinza, um macho alfa, como o seu personagem de sucesso, não vale a pena.

Em entrevista, ela disse que este tipo de homem anda sendo super valorizado, mas que ela acredita que essas são pessoas que requerem tanta atenção e tempo que “raras as vezes valem o esforço”. 

Talvez por isso tenha deixado para trás o carismático personagem que deu título à sua série de livros eróticos – com mais de 150 milhões de cópias vendidas -, e tenha apostado, aos 56 anos, em uma linha diferente em Mister (Ed. Intrínseca), seu mais recente trabalho.

Embora, da mesma forma que Grey, o novo conquistador seja um jovem bonito e endinheirado, Maxim Trevelyan se revela uma pessoa mais sensível, próxima aos reles mortais e com relações sexuais distantes do BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo) que o sexy empresário americano adorava em “50 Tons”. 

De acordo com a autora, Maxim não se parece em nada com Christian, além da vida confortável, que é alterada com o surgimento de uma mulher enigmática, por quem ele se apaixona, o que o ajudará a “encontrar o seu propósito”.

Talvez esse giro na forma de ser do protagonista masculino faça de “Mister” uma história mais romântica do que erótica, embora o erotismo continue muito presente. Para ela, esses são dois aspectos inseparáveis.

“Escrevo histórias de amor, e os livros que escrevi até agora são para adultos. A maioria dos adultos que se relaciona tem relações sexuais. O bom sexo é uma coisa maravilhosa que expressa amor e aprofunda o vínculo dos envolvidos, e as minhas histórias celebram isso”, disse James, que confessou adorar o “clássico conto” de um homem poderoso que é completamente desarmado por uma mulher jovem e aparentemente vulnerável.