Provavelmente você nunca pensou no assunto, mas o preservativo tradicional não é um produto vegan.

 

Apesar do seu componente principal ser o látex, seiva extraída das seringueiras, esta contém também caseína, uma proteína de origem animal utilizada como lubrificante.

 

Com foco nos consumidores vegans e que prezam pela sustentabilidade, a empresa alemã Einhorn passou a produzir um preservativo vegan e sustentável.

 

A Einhorn trocou a caseína por um lubrificante natural feito de plantas e só adquire látex extraído por meios o mais ecologicamente possíveis.

 

Segundo informações da rede BBC, distanciaram-se das monoculturas da borracha em larga escala, que resultam no desmatamento e destruição de habitats naturais, e compram o produto de pequenos produtores na Tailândia, que evitam o uso de pesticidas.

 

Adicionalmente, uma equipe da Einhorn  acompanha a produção pelo menos três meses por ano, para evitar que os trabalhadores sejam submetidos a más condições de trabalho, acontecimento recorrente em seringais. Nessas produções, os agricultores recebem também 15% acima do salário mínimo.

 

A embalagem é feita com papel reciclado e o único problema a ser resolvido é o uso de alumínio, que ainda não foi banido do pacote.

 

Vale ressaltar que a Einhorn  não é a primeira a fazer isso: a marca norte-americana Glyde lançou um preservativo vegan em 2013 e desde então outras alternativas sustentáveis começaram a surgir nas prateleiras.

 

De qualquer modo, a Einhorn vendeu no ano passado mais de 4,5 milhões de preservativos e conquistou uma grande fatia do mercado de preservativos, que vale oito mil milhões de euros.