Um homem tetraplégico, paralisado do pescoço para baixo, foi capaz de gerar letras em uma tela de computador em tempo real ao imaginar estar escrevendo com uma caneta na mão.

Para realizar a façanha, os cientistas usaram chips implantados no cérebro do paciente para detectar os padrões cerebrais envolvidos na escrita de cada letra. Eletrodos transferiram esses padrões a um algoritmo capaz de ler e traduzir a atividade cerebral –o movimento detectado no cérebro correspondente a uma letra se tornava a versão digitada em uma tela.

A descrição do experimento realizado com o aparato, um tipo de interface cérebro-computador (BCI, na sigla em inglês), foi publicada na revista científica Nature em 12 de maio. Esta é a primeira vez que cientistas identificam os padrões cerebrais relacionados à escrita manual e os transformam em texto.

O trabalho foi realizado por pesquisadores das universidades Stanford, Brown e Harvard, todas nos Estados Unidos.