Dentro do “guarda-chuva” da não-monogamia existe o poliamor, uma relação afetiva ou sexual que envolve mais de duas pessoas, independente do gênero e da orientação sexual. Ao contrário do que muita gente pensa, não é algo bagunçado. Em tempos de libertação de padrões e antigos costumes da sociedade, as pessoas têm experimentado novas formas de pensar, agir de se relacionar. No poliamor existem regras, ética, acordos e consentimentos entre os envolvidos, como explica a psicanalista Darlene Barbosa. “Todo mundo pensa que, você tendo um poliamor, você vai sair com todo mundo. Não é assim. Tudo tem que ser um contrato, tudo tem que ser falado para que as partes envolvidas não se machuquem. E a gente fala muito no poliamor que tem polifidelidade. No poliamor tem fidelidade? Claro. Tudo tem que ser entre eu e vocês, eu e você, e de uma forma que todo mundo fique feliz”, 

Muito do preconceito e resistência da sociedade sobre o poliamor vem da falta de conhecimento do assunto e da cultura dos brasileiros, que tem a concepção do amor romântico, de só um amor da vida por vez. Os não-monogâmicos pensam que a monogamia é uma coisa compulsória, que as pessoas já nascem na função de casar e ter filhos. E o poliamor vem como uma maneira de quebrar isso.