Diante do cenário ainda incerto da economia brasileira, a Coca-Cola repetirá, nos próximos três anos, estratégia semelhante a dos últimos dois: se preparar para o longo prazo. Por um lado, vai ampliar a presença em diferentes categorias para se tornar uma "empresa total de bebidas". De outro, planeja avançar em embalagens retornáveis, com foco no consumidor de baixa renda - aproveitando o apelo de sustentabilidade.

Para apoiar essa estratégia, a subsidiária brasileira vai investir R$ 3 bilhões em 2019, mesmo com a economia patinando. Em 2018, a Coca viu suas vendas crescerem 1% em termos de volume (litro) e 3% em unidades (frascos). 

O cenário, porém, não preocupa Henrique Braun, que assumiu o comando da operação brasileira em setembro de 2016, após passar quatro anos à frente da subsidiária da Coca-Cola na China e na Coreia. Segundo ele, em cada ano e país nos quais a fabricante de bebidas opera há um cenário econômico diverso. Por isso, a visão de longo prazo é importante.

De 2013 para 2018, o mercado brasileiro de refrigerantes encolheu 21% em volume, conforme a Euromonitor International, para tentar mudar esse cenário, parte dos investimentos da Coca-Cola estão sendo destinados a embalagens retornáveis e recicláveis.