Há alguns meses, o governo federal esteve bem próximo de oficializar a criação do Renda Brasil, um programa que unificaria alguns benefícios e viria para substituir o conhecido Bolsa Família, surgindo assim como uma “patente” e legado do governo Bolsonaro. No entanto, divergências de valores e fundo de crédito para efetivar o benefício geraram atrito entre a equipe econômica e a ala política do governo, o que culminou em uma decisão do presidente.

Nesta terça-feira (15), o chefe do Executivo disse que em seu governo “está proibido” se falar em Renda Brasil e que o Bolsa Família continuará vigorando. 

“E a última coisa, para encerrar: até 2022, no meu governo, está proibido falar a palavra Renda Brasil. Vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final”, afirmou Bolsonaro em um vídeo publicado em seu perfil no Facebook.

 

A intenção do governo com o Renda Brasil era aproveitar a experiência positiva com o Auxílio Emergencial, criando assim um programa que ficaria no lugar do Bolsa Família, mas com um valor mais alto e ter a marca do governo Bolsonaro e Mourão.

 

Contudo, as alas do governo não chegaram a um consenso acerca de que cortes seriam feitos para custear o benefício, bem como não conseguiram fixar um valor para cada parcela. 

Congelamento foi cogitado

Na última semana, o secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse em entrevista ao G1 que a equipe econômica avaliava o possível congelamento dos benefícios de aposentados e pensionistas para arcar com o programa. 

Na live desta terça (15), Bolsonaro disse que cogitar este tipo de ação é um “devaneio”. “Congelar aposentadorias, cortar auxílio para idosos e pobres com deficiência, um devaneio de alguém que está desconectado com a realidade”, completou o presidente.