O empresário Flavio Rocha, dono da Riachuelo, afirmou ser contra a taxação de grandes fortunas no Brasil. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o executivo insistiu na ideia da desoneração na folha salarial para solucionar a questão tributária. 

 

  • O empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo, se manifestou contrário à taxação de grandes fortunas

 

  • Na opinião do executivo, taxar fortunas reduziria a desigualdade, mas empobreceria os ricos

 

  • Rocha insistiu na desoneração da folha salarial para solucionar a questão tributária

 

 

"Queremos lutar contra a desigualdade ou contra a pobreza? Esse imposto consegue reduzir desigualdade, mas pela via não inteligente: expulsando ou empobrecendo os ricos", analisou.

 

Satisfeito com os acenos do governo na reforma tributária, Flávio Rocha chamou a tributação da folha de salário de "imposto do desemprego".

 

 

 

"O Brasil está nas maiores cargas tributárias do mundo da economia formal, porque quando você considera essa carga média de 35% que não incide sobre os 100% da economia, mas só sobre o Brasil formal, o tributável, você vai ver que está extraindo do tributável algo próximo dos 50%, coisa que não tem paralelo no mundo", disse o executivo.

 

 

O dono da Riachuelo justificou ser contra a taxação de grandes fortunas classificando como "desastrosa" a política semelhante adotada pela França durante o governo de François Hollande.

 

 

 

"Na França, todo mundo mudou para a Bélgica, para a Inglaterra. E o mundo está cada vez mais digital. Você pode exercer a mesma função remotamente. As pessoas estão com mais mobilidade. A redução de imposto de renda gera mais investimento, aumento da demanda por mão de obra e, aí sim, resolve a desigualdade pela via inteligente, que é gerando renda para a base da pirâmide. Se desigualdade fosse o problema, tinha que dar um troféu para a Venezuela, que expulsou as fortunas para Miami ou quebrou quem insistiu em ficar", afirmou.