O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que entre 2019 e janeiro de 2021 parecia muito atrativo no mercado imobiliário, tem se tornado uma preocupação para quem atrelou prestações da casa própria ao indicador.  Com a disparada da inflação, as taxas, que começaram em 0,25%, no acumulado de janeiro, chegaram a 10,25% até setembro e têm refletido diretamente nas prestações, que, muitas vezes, são fechadas contratualmente por até 30 anos.

Em janeiro deste ano, por exemplo, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) comprou um imóvel por R$ 5,97 milhões, no Setor de Mansões Dom Bosco, área nobre de Brasília. Do valor total da casa, R$ 3,1 milhões foram financiados pelo Banco de Brasília (BRB) justamente pelo IPCA.

 

 caso foi amplamente divulgado, e a transação chegou a ser questionada. Com a taxa do banco fixa de 3,4%, Flávio Bolsonaro conseguiu, à época, ter prestações mensais com juros de 3,71%, percentual muito menor do que a soma do índice fixo com a Taxa Referencial (TR), por exemplo.