O PIB (Produto Interno Bruto) do Espírito Santo apresentou queda de 12,2% no segundo trimestre desde ano e o estado entrou em recessão técnica, por apresentar redução em dois trimestres seguidos. O resultado foi semelhante ao do Brasil, que teve queda de 9,7% na economia também nos meses de abril, maio e junho, período de maior restrição das atividades econômicas devido à pandemia da covid-19.

O índice foi apresentado no estudo Indicador de Atividade Econômica (IAE), realizado pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), que antecipa o resultado do PIB, normalmente divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mesmo com a queda, o cenário é de tendência de crescimento para os próximos trimestres podendo até crescer mais em relação ao Brasil, principalmente com o aumento da demanda do setor de commodities, segundo Marcelo Saintive, diretor do Ideies.

“Foi a pior fase da pandemia, em que serviços e comércio foram muito atingidos, assim como a indústria. Mas a expectativa daqui por diante é de retomada do crescimento com perspectiva de melhora nas exportações. O próprio terceiro trimestre já começou mais aquecido, com crescimento de 28,3% em julho em relação a junho. O setor moveleiro também tem contribuído para essa melhora”, sinalizou a presidente da Findes, Cris Samorini.

Ela lembrou também dos investimentos que as indústrias estão fazendo, como os R$ 200 milhões para a modernização da fábrica da Garoto, investimentos na Biancogrês e também o retorno da Samarco no último trimestre de 2020, o que deve contribuir para o aumento das atividades econômicas.

Recuperação do comércio

Saintive lembrou também que os dados mais recentes do comércio  também mostram recuperação do setor, com nível de atividade pré-pandemia. “Foi o único setor que teve recuperação em V, com queda abrupta e rápida recuperação”, explica.