Conteúdo plural para todos os acessos de diálogo empreendedor, do registro da empresa às metodologias ágeis de gestão, de estratégias de marketing digital, vendas online, inteligência emocional, passando pelas redes e comunidades e comunicação não violenta. Esses são alguns dos principais cursos oferecidos gratuitamente pelo projeto “Energizze – A energia que transforma”, uma solução desenvolvida pelo Instituto Das Pretas para o Instituto EDP como forma direta de enfrentamento aos impactos econômicos intensificados pela pandemia de Covid-19.

O site oficial do projeto com os cursos voltado para os empreendedores capixabas moradores de periferias será lançado na próxima terça-feira, 27 de outubro, e já terá disponível o cadastramento dos empreendedores interessados. De acordo com a CEO do Das Pretas, estrategista e coordenadora geral do Energizze, Priscila Gama, todo o projeto foi pensado para ser uma plataforma de potencialização e transformação digital focada em empreendedorismo periférico e visa contribuir com a redução das desigualdades raciais e sociais que pré-existiam à pandemia de Covid-19, mas que foi intensificada por ela.

“A nossa fome é de futuro. É urgente pensar soluções efetivas para enfrentar as desigualdades de maneira que não só a cesta básica chegue a quem precisa, mas que o conhecimento e os acessos também cheguem para que cada vez menos pessoas na periferias dependam das cestas básicas”, diz Priscila.

Segundo a pesquisa TIC Domicílios 2019 realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), o Brasil conta com 134 milhões de usuários de Internet, o que representa 74% da população. De acordo com os dados, somente 57% dos brasileiros pertencentes às classes D e E tem acesso à rede e o celular é o principal dispositivo utilizado. O uso exclusivo do telefone celular no acesso à Internet predomina entre a população preta (65%) e parda (61%), frente a 51% da população branca.

Diante desta realidade de desigualdades digitais, o ENERGIZZE chega como uma alternativa de transformação. O desenho do site foi planejado pensando no acesso reduzido de pretos e pardos residentes de territórios periféricos. A plataforma tem característica responsiva, o que faz com que todo o conteúdo seja adaptado dependendo do dispositivo usado.

“O desenvolvimento do site teve desde o início a questão do acesso e a usabilidade como prioridade. Hoje, muitas pessoas se conectam à rede através dos smartphones, e pensando nessa realidade, é que projetamos a plataforma toda responsiva”, conta o desenvolvedor do site do projeto, Thiago Martins.