Após queda nas contratações do setor de construção civil nos últimos quatro anos, as retomadas de obras em ano eleitoral estão reaquecendo o mercado. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), mais de 2.300 pessoas foram empregadas no setor até agosto, no Espírito Santo.

Em território nacional, o mês de setembro atingiu o maior número de empregados em oito anos, chegando ao índice de 50,1 pontos no mês.

Para o secretário geral do Sindicato dos trabalhadores na Indústria da Construção e montagem no Estado do Espírito Santo (Sintraconst-ES), Paulo Cesar Borba Peres, o período eleitoral aumentou o número de contratações.

“Muitas obras foram aceleradas para serem entregues no final dos mandatos. Isso acontece em todas as prefeituras. O problema é a precarização da mão de obra”, diz.

Para o secretário do Sintraconst-ES, a mobilização dos trabalhadores do setor é necessária para exigir o cumprimento dos direitos. “É preciso que o setor se conscientize e procure se sindicalizar, para que não aceitem contratos abusivos. Muitas construtoras estão exigindo contratação como MEI, sem carteira assinada. Além de pagarem por uma função para trabalharem em outra, entre diversas outras medidas que ameaçam os direitos do setor conquistados até aqui”, apontou.