Ao longo dos anos dos governos Albuino Azeredo e José Ignácio, a Federação das Indústrias do Espírito Santo serviu como “Correia de transmissão” do governo do estado, num conluio nunca antes visto. Aquele momento representou um entrelace não republicano de grande monta, nas relações público/privadas.


Com a entidade fragilizada, surgiu o “Movimento ES em Ação” que buscava restaurar relações republicanas entre os segmentos privados e as instituições do governo.


Esse movimento, junto com as movimentações  da sociedade, sob a liderança civil do saudoso advogado Agesandro da Costa e do líder religioso Dom Silvestre Scandian, da OAB, dentre outros,  permitiu a constituição de governos democráticos e um novo movimento se processou nas entidades corporativas, notadamente na Findes. Uma recomeço mais transparente com Lucas Izoton, Marcos Guerra, um passo adiante com Leonardo Castro e, agora, com uma liderança feminina que representa a sucessão desse período.


Entretanto, tem ficado visível uma série de decisões na Findes, onde a consulta para autorização do governo têm chamado atenção, desde contratações de pessoas ou seus parentes, com ligação com Paulo Hartung, que recebem vetos. E outras contratações ou relações, de interesse político do PSB, que recebem aval.


A Presidente Christine Samorini se elegeu numa construção de liderança pró ativa e renovadora mas tem se submetido, inexplicavelmente, à consultas ao governo do estado para tomada de algumas decisões que, absolutamente não fazem sentido e diminuem sua autoridade e a da entidade que,  tão vigorosa e republicanamente,  foram construídas nos últimos  18 anos.


Além de atos com veto político à pessoas com vinculações ao ex governador, o inverso também ocorre: com a nomeação do ex prefeito comunista de B Guandu, Neto Barros (PC do B) para uma “função desenvolvimentista” junto à Findes, face à “expertise adquirida”, sabe-se lá onde! Neto Barros chegou a ser voz isolada em defesa do regime do ditador norte-coreano Kin Jon Un. Ao consultar membros que participaram do movimento que elegeu a atual presidente Cris Samorini, ninguém entendeu o que significa essa decisão e nomeação. A única explicação é o interesse do Governo do ES. 


Além de correr o risco de diminuir sua liderança, iniciada com autoridade institucional, a Presidente Cristhine pode inaugurar um novo tempo da Findes como “correia de transmissão” do Governo do Estado, reeditando um período que tanto mal fez ao ES.