Pechinchar vale a pena. É isso que uma pesquisa do Procon de Vitória comprovou com números. Ao comparar preços de produtos em supermercados da capital capixaba, o órgão identificou uma variação de até 207% no valor dos itens.

Os fiscais percorreram nove supermercados comparando preços de itens considerados de primeira necessidade.

A pesquisa foi realizada nos dias 28 e 29 de abril, abrangeu 63 produtos e a conclusão foi divulgada nesta semana.

O levantamento apontou os seis produtos com maior variação:

 

  • Molho de tomate (340 g): variação de 207% (de R$1,10 a R$3,38)
  • Margarina (com sal - 500g): variação de 191% (de 4,39 a R$ 12,79)
  • Laranja-pera (quilo): variação de 152% (de R$1,98 a R$ 4,99)
  • Alvejante sem cloro (2l): variação de 135% (de R$ 12,28 a R$ 28,90)
  • Salsa (maço - 1kg): variação de 131% (de R$ 0,99 a R$ 2,29)
  • Cebolinha (maço - 1kg): variação de 131% (de R$ 0,99 a R$ 2,29)

 

Quando comparado com os valores dos itens na pesquisa feita no mês anterior, foi a mortadela que apresentou a maior variação de preço, com aumento de 99%, de R$ 8,98 a R$ 17,90. Já a menor variação de preço foi do quilo do mamão, que teve uma redução de 92% do valor, passando de R$ 4,46 para R$ 2,70.

A gerente do Procon de Vitória, Denize Izaita, disse que ao passar em mais de um supermercado, o consumidor pode conseguir economizar bastante.

"A pesquisa tem o objetivo de apresentar ao consumidor um comparativo de preços e chamar atenção para a necessidade de se fazer uma observação dos valores em vários estabelecimentos antes das compras", destacou Denize.

Também foram comparados os preços dos mesmos produtos nos meses de março e abril de 2021. O maior aumento foi encontrado no quilo do mamão havaí (62%), passando de R$ 2,69 para R$ 4,86.

Já a maior redução foi a do talco de bebê (200g), que passou de R$ 17,39 para R$ 10,80, uma queda de 37% no valor.

Outro ponto que o Procon comparou o valor da cesta básica com os itens mais baratos neste mês em relação ao valor do salário mínimo atual, R$ 1.100,00. O resultado da pesquisa mostrou que, em abril, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo comprometeu 46% da sua remuneração para adquirir os produtos da cesta de primeiras necessidades. Já em março, esse percentual foi de 45%.