A partir desta terça-feira (9), você será incluído automaticamente em uma lista de bons pagadores e precisa pedir se quiser sair. 

Sancionado em abril, o cadastro positivo automático começa a valer.

Antes, quem era mal pagador era incluído automaticamente em um cadastro negativo, uma lista dos nomes sujos, e todo mundo ficava sabendo. 

O cadastro positivo, a lista dos que pagam as contas em dia, existe desde 2011, mas quem cumpria com as suas obrigações financeiras precisava pedir para entrar nesse banco de dados.

Agora, quem paga em dia vai automaticamente para essa lista. A ideia é que esses consumidores ganhem pontos e possam pagar juros menores em empréstimos e financiamentos por serem bons pagadores.


A partir desta terça, instituições financeiras, lojas e empresas de serviços vão enviar as suas informações para gestoras de bancos de dados como SPC Brasil, Boa Vista e Serasa.

Você tem 30 dias para solicitar a sua exclusão do cadastro positivo, antes que o seu histórico comece a ser consultado pelo mercado de crédito em geral.


Por que o cadastro positivo pode ser bom


O cadastro positivo pode proporcionar aos consumidores uma análise de crédito mais abrangente e assertiva. 

Assim, pode possibilitar que bons pagadores negociem melhores prazos e taxas de juros.

Além de contribuir para baixar os juros no Brasil, entre os mais altos do mundo, a nova regra pode beneficiar consumidores de baixa renda, que não tem bens para oferecer como garantia de empréstimos e, por isso, muitas vezes não conseguem crédito.


As informações do seu histórico de pagamentos não poderão ser utilizadas para outras finalidades que não seja a concessão de crédito. A quebra do sigilo bancário pode levar a prisão de um a quatro anos.

Além disso, a lei vetou o uso de algumas informações pessoais dos cidadãos para a formação da nota de crédito, como as que “não estiverem vinculadas à análise de risco de crédito e aquelas relacionadas à origem social e étnica, à saúde, à informação genética, ao sexo e às convicções políticas, religiosas e filosóficas”