No Espírito Santo, a cesta básica de outubro custou R$ 552,85, com alta de 2,5% na comparação com setembro. No ano, o preço do conjunto de alimentos subiu 10,74% e, em 12 meses, 29,1%. O conjunto de produtos no Estado foi o quinto mais caro do país, ficando atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis e Porto Alegre.

Os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo DIEESE, indicaram ainda que, em outubro, os preços do conjunto de alimentos básicos, necessários para as refeições de uma pessoa adulta (conforme Decreto-lei 399/1938) durante um mês, aumentaram em 15 capitais pesquisadas. Em Salvador (-1,05%) e Curitiba (-0,60%), o custo da cesta básica diminuiu.

Com base na cesta mais cara que, em outubro, foi a de São Paulo, o DIEESE estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.005,91, o que corresponde a 4,79 vezes o mínimo vigente, de R$ 1.045,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em outubro, foi de 108 horas e 02 minutos, maior do que em setembro, quando ficou em 104 horas e 14 minutos.

Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (alterado para 7,5% a partir de março de 2020, com a Reforma da Previdência), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em outubro, na média, 53,09% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em setembro, o percentual foi de 51,22%.