Cachoeiro de Itapemirim-ES é a quinta maior cidade do Espírito Santo e a primeira no Sul do Estado. O município já teve histórico de vanguardista no passado. Entretanto, hoje, é refratária a qualquer movimento novo, principalmente, no serviço público. Exemplo da palavra subsídio, subvenção de interesse público.

Mesmo bem explicado, oposicionistas preferem não entender. A audiência pública realizada segunda (12) sobre subsidiar a passagem em decorrência da depreciação da tarifa de ônibus por imposição de gestões passadas, somando a crise econômica no País, a gritaria de meia dúzia quer perverter a verdade e o bom senso.

O transporte urbano é serviço essencial e de responsabilidade do Poder Público Concedente. O subsídio é o reconhecimento da indispensabilidade de manter o equilíbrio tarifário para não onerar o usuário, o que ocorre em vários setores no Brasil e no mundo. Em tese, alguns, ao que parece, anseiam fazer apenas política de mão única, aproveitando-se da dor social universal.

Se o Poder Concedente está afirmando que pode oferecer o subsídio dentro da lei e dentro do orçamento, reconhecendo até a culpa da desoneração das tarifas em prejuízo à operadora, como contra-argumentar, a menos que se denuncie dissimulação, manipulação ou prática de corrupção ou prevaricação no caso em tela, o que ninguém ousou entrar nesse funil.

No mais, ao longo de 50 anos, muitos políticos tentaram empunhar a bandeira contra a empresa Flecha Branca, sem registro de sucesso, porque, no fundo, a população sabe, por sensibilidade, que existe demagogia.

A empresa tem sede fiscal em Cachoeiro de Itapemirim e seus diretores residem na cidade, diferente da poderosa BRK, cujas tarifas de água e esgoto são arbitradas sem nenhum barulho e audiência pública, exigindo transparência nas planilhas. Ninguém entra neste mérito, pois os diretores são de São Paulo e os donos majoritários moram no Canadá. 

O mais preocupando na discussão provinciana é a indiferença em relação aos 600 funcionários da Flecha Branca. As reclamações misturadas sobre origem de atribuição não dizem respeito à empresa como: horário de ônibus, abrigos, quantidade de veículos e mobilidade urbana, fatores de responsabilidade do poder concedente.

A "demonização" do "santo de casa" é notória e está no campo psicológico do inconsciente coletivo pela repetição politiqueira de que a empresa familiar da cidade faz tudo errado e , por isso, almejam outra no lugar que, para dissabor dos "latidores" nenhuma outra se apresenta participar porque a cidade só tem uma pequena reta no centro, oprimida por morros e ruelas nas suas margens.

O Poder Legislativo, com toda certeza, vai votar a favor do subsídio, não por bondade, mas pelo argumento técnico e reconhecimento do quanto a empresa foi prejudicada por irresponsabilidade do Poder Concedente na gestão passada, rearrumando o sistema de trasporte e evitando o caos na plataforma do direito de ir e vir. Tudo se resume numa palavra: responsabilidade.

Em tempo. A Flecha Branca nunca esteve envolvida em corrupção desde sua existência. Não conta nenhum registro nos meios de comunicação em geral e nem no âmbito judicial. A empresa é idônea.