O título parece daqueles codinomes da Lava Jato. Assemelha-se. "O Médico Amigo Meu" é uma referência ao anestesista Manoel Antônio Freitas, então diretor clínico da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim-ES, braço mandado do superintendência do hospital. "Que Me Traiu", é uma extensão do vitimado médico obstetra Roberto Bastos, este mesmo, aquele só pensa na reabertura da maternidade.

Roberto Bastos foi traído covardemente pelo seu "amigo" Manoel Antônio Freitas, não só pelo fato do colega assinar seu banimento das dependências da Santa Casa como integrante do Conselho Deliberativo, mas porque foi cúmplice incentivador e manipulador pós-fechamento da maternidade das ações do seu "colega" para continuar brigando pela unidade perdida.

Manoel Antônio Freitas, com o conhecimento do padre Evaldo Ferreira ou não, empurrou desde o primeiro momento Roberto Bastos a guerrear pela maternidade, considerando a verba três vezes maior do que recebia a Santa Casa migrada para o Hospital Infantil. O termo utilizado pelo manipulador foi: "tem treta ", referindo-se à transferência dos serviços à HIFA.

Em paralelo, de forma dissimulada e dolosa, o anestesista provocava Roberto Bastos a desenhar um projeto viável para retomar a maternidade. O "amigo" do Roberto Bastos, quietinho nos bastidores, induzia-o, inclusive, a chamar para o ringue o Secretário Estadual da Saúde e o governador Renato Casagrande. Deu-lhe os números telefônicos das autoridades citadas. Prestava falsa solidariedade.

Manoel Freitas marcava reuniões com Roberto Bastos para apresentar ao padre o novo projeto da maternidade para a Santa Casa. Roberto Bastos chegou a contratar uma arquiteta para esboçar o novo espaço. Acreditava de boa fé. "Hospital Infantil passou a receber R$ 720 mil mensais enquanto a gente recebia R$ 250 mil, ai não Roberto! Tem treta! ", ressaltou o diretor clínico.

Enfatizou, ainda: "vai na sua luta e vamos retomar o espaço da Santa Casa", disse o medico com a seguinte ponderação: "desde que o projeto não ofereça perigo de demandas judiciais, ai, acho que o padre vai aceitar", ficando no azul", traduziu o diretor clínico ao Roberto Bastos, até então entusiasmado com o "incentivo do amigo" e intermediário do padre - assim se apresentava.

Pois bem! O tempo foi passando de janeiro para fevereiro e nada saiu do lugar, senão o próprio diretor clínico que renunciou ao cargo a pedido de um grupo de médicos. A confusão começou neste momento quando "colegas" decidiram lançar o próprio Roberto Bastos para ser candidato no lugar do "amigo". Foi quando o padre Evaldo Ferreira reagiu: "Roberto Bastos, não! Qualquer um outro".

Em pouco tempo, ser traído pelo "amigo" e pelo próprio padre ( Roberto não sabia de objeção tão discriminatória) foi demais para o médico atuante de 30 anos no corpo clínico do hospital.

De repente, viraram o obstetra de cabeça para baixo assim como um parteiro faz ao nascer uma criança. Roberto Bastos chorou. Enxugou as lágrimas e esperneou sem trégua em luta em prol da abertura da maternidade ate este momento.

Manoel Freitas é o "Médico Amigo Meu Que Me Traiu". Anestesista bem sucedido, com um belo complexo residencial na cidade vizinha de Iconha. Aparentemente ele não precisava desse expediente, de perturbar a mente de um profissional da estatura de Roberto Bastos. Inteligente, mas ingênuo, neófito neste jogo sujo do homem de batina e do homem de sapatos branco.

Para piorar, sabe quem assinou o banimento de Roberto Bastos das dependências da Santa Casa de Misericórdia há 1 mês - pode ter passado desapercebido no parágrafo segundo: Manoel Antônio Freitas. Atitude ignóbil ! (José Maria Sá Gonçalves, faltou equilíbrio emocional para tipificar melhor seu colega).

Mas, este diálogo de traição velada e criminoso é ficção? Não! Se necessário, em juízo, pode ser apresentada a digital com borrão. Enquanto isso, parte da elite cachoeirense acredita nas informações rasas.

Roberto Bastos fica clamando por uma maternidade na Santa Casa de Misericórdia de forma até insana e transtornada. Vitimado por 'amigo da onça". Recebeu o abraço do tamanduá! Está na condição de bode expiatório, boi de piranha, contudo a história está longe de acabar. Ou não!

Próximo Capítulo: "O Padre, o Namorado e o Celibato".