A política brasileiro já passou por muitos momentos surrealistas e anômalos. Entretanto, em tempos de ataques cibernéticos, os políticos passam por uma mutação incomum e singular para a marginalidade.

As ofensas verbais de achincalhe generalizadas são recorrentes. O Ministro da Justiça Sérgio Mouro ouviu de parlamentar durante sessão de esclarecimento e na condição de convidado: "você é ladrão".

No Espírito Santo, não muito distante, o ex-governador Gerson Camata levou um tiro na cara no meio da rua por um desafeto ex-assessor. Existe uma onda de ódio e intolerância no meio político para diagnóstico sociológico.

O senador Marcos do Val vem reclamando faz tempo de ameaças à sua vida, através de emails e vídeos capturados em que bandidos armados rondam sua residência no Espírito Santo com ele em casa. 

O ministro adjunto da Cidadania e Desenvolvimento Social, Lelo Coimbra, por último, depois de vencer luta dentro do MDB capixaba, mantendo-se presidente, vem recebendo ofensas gritantes à sua integridade física por meio de mensagens criminosas.

A boa e saudável política, ao que parece, está sendo inviabilizada por personagens insistentes em permanecerem no passado, do cangaço, do "Lapião e da Maria bonita" no melhor estilo do uso da espingarda e da peixeira. Fogem do campo das ideias.

Não há lugar para maus elementos nos ventos modernos da política subsidiada pela virtualidade com realidade amplificada. O expurgo desses meliantes analógicos se faz urgente para não diluir a esperança rareada das pessoas de bem.