A petição de Habeas Corpus (HC) da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) para trancar o inquérito policial contra jornalistas da FOLHA e familiares desnuda a chamada Operação Yellow Press. 


HC – FOLHA ESPIRITO SANTO – ABI


 

A retaliação contra o jornal em razão de sua atividade e o objetivo de identificar suas fontes protegidas por sigilo constitucional são abusos visíveis. 

Várias matérias jornalísticas revelaram indícios de corrupção envolvendo o Governo do Estado e cardeais comissionado do PSB. Isso tornou a FOLHA um alvo do sistema de poder.

A ABI teve acesso ao inquérito policial com sua equipe jurídica e verificou o abuso de autoridade para calar o jornal e identificar suas fontes. A prática de Lawfare está escancarada (uso da lei e procedimentos de forma distorcida para atingir alvos com fachada de legalidade).

As aberrações desse procedimento demonstram uma gravíssima ruptura com o Estado Democrático de Direito no Espírito Santo. 

É um retrocesso civilizatório, orquestrado pelo Governador Renato Casagrande (PSB) e membros de seu Governo, em conluio com a Procuradora Geral de Justiça, Luciana Gomes de Andrade, e com o Chefe de Polícia Civil, José Darci Arruda. 

Todos eles terão a tatuagem dessa delinquência constitucional por violação a direitos humanos em suas biografias. É o preço de se colocar interesses pessoais e políticos acima das Instituições Democráticas e valores civilizatórios que nos permitem existir e evoluir enquanto sociedade.

A FOLHA entende que o ambiente de impunidade propiciado pelas instituições rendidas no ES e o aprisionamento do contraditório (sem imprensa livre nem oposição) acometeram esses agentes da "síndrome de Eduardo Cunha": desconheceram seus próprios limites, mas a realidade está logo ali, na Constituição.