A FOLHA DO ES constatou por meio de muitas manifestações uma cruz muito pesada para os familiares de vítimas de acidentes aos finais de semana, cuja dor ultrapassa ao tolerável imposta por um sistema falho na liberação dos seus entes queridos que aos domingos em Cachoeiro de Itapemirim-ES ficam em fila para ser transportados para Vitória aonde será realizada a autópsia. 

Em tese, além da dor da perda, o prolongamento dela, porque o IML não tem funcionado aos domingos, ou seja, a morte não folga, mas o Instituto Médico Legal não funciona sua área de necropsia neste dia da semana. Acidente ocorrido ontem, sábado, dia 4, na serra de Vargem Alta, com duas vítimas fatais, infligiu dor prolongada com os familiares aguardando as autoridades atenderem em traslado às 7h00, hoje (5), para a Capital.

O Chefe da Polícia Civil do Espírito Santo, Guilherme Daré, com atuação dinâmica na sua área, precisa apresentar, urgentemente, projeto de revisão do caso em tela, afinal, Cachoeiro de Itapemirim é pólo absorsor de todo o sul do Estado. Daré atuou por muitos anos na região e terá sensibilidade para encaminhar um ponto final nesse vácuo de irresponsabilidade da Instituição que representa.

A morte não avisa nem dia e nem hora. Logo, no momento derradeiro do capixaba, os cuidadores dessa infeliz partida precisam ser solidários aos familiares com o pragmatismo institucional exigido pelos contribuintes que arcam com despesas ainda maiores do necessário: materiais, de translado, de ida e volta, além da dor impagável.