O assunto está longe de terminar. Como o Ministério Público de Cachoeiro de Itapemirim-ES não se manifesta sobre as denúncias realizadas pelo médico médico Roberto Bastos, há 30 anos membro do corpo clínico, o próprio vai provocar o MP para investigar supostas mortes confessadas em documento oficial da Secretaria Estadual da Saúde, no fechamento da maternidade da Santa Casa de Cachoeiro-ES.

Enquanto o padre encontrou amparo em alguns médicos, na vereadora Renata Fiório (PSD) e parte da sociedade quiseram não entender os motivos reais da transferência da maternidade para o Hospital São Francisco de Assis (HIFA), na fixação sobre o que o médico falava na sua rede social, omitiram-se em olhar as mãos do padre Evaldo Ferreira, superintendente do Hospital: tem sangue de inocentes.

O documento enviado pelo diretor clínico, Manoel Antônio Freitas, para um grupo seleto de amigos. O documento é síntese de um holocausto. Revela que o padre diminuiu os leitos de 12 para para 6 num acordo celebrado com o Estado em 2012. Isso dá uma média de 9 não atendimento. O Ministério Público precisa apurar desde quando essa contenção criminosa acontece.

No decorrer do documento, explicita-se que essas gestantes tiveram que utilizar hospitais não aprovados pela Secretaria Estadual da Saúde para partos. Mortes aconteceram ou sequelas, por certo que sim, mas é de praxe desvirtuosa mortes na Saúde serem encobertas com laudos técnicos para turvar o entendimento das vítimas leigas.

A partir da próxima semana, a ação ao Ministério Público será protocolado pelo médico, sem mencionar possíveis judicialização contra os médicos envolvidos e todos os membros do Conselho Deliberativo da Santa Casa que avalizaram as ações da direção em acordo sem previsão de consequências fatais. Preferiram criminalizar a liberdade de Expressão do médico a confessarem crimes hediondos.

Quem viver ver essa "Tempestade no Deserto".