O mundo mudou e a educação também. Cada vez mais a aula prática se solidifica como um recurso importante no processo de desenvolvimento da aprendizagem. Pesquisas estimam que aprender colocando “a mão na massa” pode gerar resultados até 30% maiores que os métodos convencionais de ensino.

O método em que o aluno apenas acompanha o professor explicando um conteúdo por meio da lousa ficou para trás. De olho na potencialização da aprendizagem, o Centro Educacional Primeiro Mundo adota metodologias práticas atreladas à ciência da computação, à robótica e às artes que são aplicadas nas grades curriculares de alunos do Ensino Fundamental ao Médio.

No Primeiro Mundo, os estudantes aprendem química, por exemplo, montando moléculas com modelos que lembram um quebra-cabeça. Reações químicas também são vistas na prática por meio de experiências em laboratório complementadas pelo uso da lousa digital, que permite melhor visualização dos conteúdos.

Atividades de Robótica Educacional e o Espaço Maker, que estimulam habilidades relacionadas à solução de problemas, lógica, criatividade e ao gerenciamento de informações, complementam as metodologias utilizadas com foco em uma aprendizagem mais completa.

O propósito é aproximar conhecimentos teóricos de diferentes áreas a uma abordagem prática, em especial nas disciplinas denominadas de STEM (sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). O professor Ricardo Toledo, da disciplina de Tecnologia, destaca que o método proporciona uma série de benefícios ao processo de aprendizagem. “Buscamos unir a experiência educacional à integração tecnológica em todas as atividades pedagógicas, promovendo o encontro coerente entre educação e o mundo conectado em que vivem nossos alunos”, explica.

Pesquisas atestam que é melhor aprender fazendo

A aula prática constitui um importante recurso metodológico facilitador do processo de ensino-aprendizagem, onde o aluno é o protagonista de seu processo de aprender. De acordo o reconhecido modelo de pirâmide da aprendizagem do psiquiatra estadunidense William Glasser, aprendemos 10% do que lemos, 20% do que escrevemos e 80% do que praticamos.

Experiência da Universidade de Stanford revelou que os estudantes que aprenderam fazendo obtiveram desempenho 30% superior aos colegas que foram ensinados por métodos convencionais. Já a pesquisa do Instituto Inspirare, que faz parte do Projeto “Nossa Escola em (Re)Construção”, ouviu 132 mil jovens de 13 a 21 anos. Ao todo, 36% dos entrevistados confirmaram que preferem aprender “colocando a mão na massa”.