A animação Frozen 2 é a grande estreia da semana. Dessa vez, Anna e Elsa deixam Arendelle e vão conhecer uma antiga floresta em uma terra encantada. Lá, as duas tentam descobrir as origens do poder da Elsa para, assim, salvar o reino novamente.

A história começa com Anna e Elsa vivendo felizes em Arendelle. O reino é próspero: Anna está feliz com o castelo aberto e sua relação com Kristoff; Olaf, o boneco de neve vivo, está em uma divertidíssima fase existencialista, questionando o sentido de tudo; e até a rena Sven está feliz com suas atividades. A única que continua se questionando é Elsa, que agora ouve uma voz que a chama para ir além do que conhece.

Assim, Frozen 2 segue um caminho de amadurecimento, tanto da produção, quanto de suas personagens. Através da preocupação excessiva de Anna com a irmã mais velha, o filme mostra como aqueles que nos amam pode acabar nos segurando de alguma forma. Por mais que tente deixar a irmã livre, Anna teme pela segurança dela e esse sentimento extremo faz com que a rainha nem sempre faça o que gostaria de fazer. Essa dinâmica espelha tudo o que Elsa viveu até agora: o conflito entre ficar em Arendelle ou usufruir 100% de seus poderes. Em Frozen 1, ela canta que jamais voltaria para o reino, mas, como acontece em vários núcleos familiares, ela cede em prol da felicidade de todos.

Visualmente, Frozen 2 é um desbunde de tecnologia, resultado em uma animação linda de assistir. Desde o castelo de Arendelle, até os novos cenários e os poderes de Elsa, tudo é belamente colocado em tela. A tecnologia também ajuda quando a rainha muda de ares e visual, mostrando agora um lado ainda mais livre ela conhecia. Com tantos elementos, o roteiro da sequência é menos redondo do que o primeiro. Enquanto Frozen 1 pode ser considerado uma história de amadurecimento clássica, o segundo tem vários temas e isso torna a segunda parte do filme extremamente diferente da primeira. Felizmente, esse ponto não atrapalha em nada a experiência.

A Elsa do final de Frozen 2 é uma mulher completa, que finalmente encontrou seu lugar no mundo e uma forma de conciliar sua felicidade com a convivência em família. Ela sofre para chegar até esse momento de plenitude, mas o resultado é tão belo que vale a pena sofrer - e depois sorrir - ao lado das irmãs de Arendelle mais uma vez.