Conectar-se a internet é tão fácil que a maioria das pessoas nunca parou para pensar o que está por trás dessa tecnologia. Provavelmente, você fica mais preocupado com a velocidade da internet, fazendo constantemente um teste de velocidade, do que como ela chega até você.

Mas afinal de contas, o que faz a internet que você utiliza na sua casa, escritório ou qualquer outro lugar com conexão funcionar? 

 

A verdade é que o funcionamento da internet não é tão simples e fácil quanto conectar-se a ela. Ao mesmo tempo em que você está conectado, outras bilhões de pessoas também estão conectadas a bilhões de outras coisas. E isso tudo acontece na base do acordo, que é como funciona a internet: todos precisam concordar em seguir as mesmas regras. Há anos, o Brasil já faz parte dessa rede mundial de redes de computadores, que no total, liga quase 40 milhões de pessoas no país.

Quando você conecta dois computadores, você tem uma rede (network). Se um amigo seu conecta mais outros dois computadores, ele cria outra rede (network). Se vocês concordam em funcionar sob as mesmas regras, vocês podem conectar ambas as redes. Duas networks conectadas representam uma internetwork, ou internet. As regras são chamadas de protocolo internet. E, entrando em acordos, várias redes são formadas, até que todo o planeta esteja conectado. A internet é, portanto, uma rede de redes compartilhadas.

O acesso à internet de modo externo se dá quando a sua rede local se conecta a outra rede maior, no caso, o seu provedor de internet, por meio da tecnologia TCP/IP, um modo de comunicação baseado no endereço de IP (Internet Protocol). Este IP é o endereço de cada um dos pontos de uma rede, e cada ponto da rede consiste em um computador que, por sua vez, se interliga a outros computadores, formando o que se chama de “teia de redes”.

Aliás, se por curiosidade quiser saber qual é seu endereço IP, basta entrar nesse site.

Como as redes se conectam

Para conectar as redes, existem milhões de cabos de fibra óptica espalhados pelo mundo. Existem cabos instalados até embaixo dos oceanos, ligando um continente a outro. Antes de chegar ao seu computador a informação passa por diversos pontos, literalmente dá a volta ao mundo em alguns casos, dependendo de onde o servidor com as informações está localizado. Nesse caminho, elas são quebradas em diversas partes e, no fim do percurso, o seu computador se encarrega de reunir todos os pedaços para formar o conteúdo que você vê aí no seu monitor.

Para entender melhor, quando você envia uma mensagem qualquer (imagem, vídeo, áudio ou texto) do seu dispositivo para outro, essa mensagem é dividida em várias partes e essas partes são chamadas de pacotes de dados. Cada um desses pacotes toma um caminho diferente para chegar ao seu destino. Por conta do protocolo, o dispositivo que recebe a mensagem sabe como juntar tudo de novo e formar a mensagem original.

Mas como as mensagens vão de uma rede para outra, ou seja, de dispositivos localizados em provedores diferentes? Algumas companhias fazem ligações privadas entre si, mas o mais comum atualmente é que as mensagens trafeguem entre plataformas compartilhadas de serviço, chamadas de pontos de troca de tráfego (PTTs), onde várias empresas diferentes podem interligar-se e compartilhar suas tecnologias. Qualquer empresa, como provedores, redes sociais, empresas de comunicação e ainda outras podem se conectar nesses pontos e se beneficiar da troca de tráfego, além de reduzir custos e ter um tráfego mais rápido.

No mundo inteiro são enviados cerca de 90 trilhões de e-mails por dia. São aproximadamente 234 milhões de sites e 126 milhões de blogs. Para que tanta informação possa continuar existindo e se expandindo, foi criado um novo formato de identificação de cada conteúdo e usuário na web, o chamado IPv6, pois o atual formato, o Ipv4, está quase sem combinações possíveis. Deu para perceber que o funcionamento da internet não é tão simples quanto conectar-se a ela, não é mesmo? Mas e quanto à velocidade da internet?

As operadoras comercializam diversas velocidades de internet, desde as velocidades mais populares até as mais rápidas possíveis. Mas, nem sempre o usuário recebe a velocidade de internet que contratou, por isso, é muito recomendável realizar um teste de velocidade sempre que possível, para constatar se você está recebendo a velocidade de conexão que contratou.