O prefeito de Cachoeiro de Itapemirim-ES, Victor Coelho (PSB) aproveitou a onda do coronavírus para decretar hoje,9, para decretar estado de Calamidade Pública, nas circunstâncias com alarmismo, com apenas seis casos de suspeitos de infectados e nenhum morte, é um tipo de "licença para roubar".

Quando se decretara estado de calamidade pública dispensa-se licitação, processo de concorrência, e contrata-se ao bel prazer do que chamam de qualificada para atender a demanda. O caso do Fundo Municipal da Saúde em que o Chefe do Executivo retira da alçada da Secretaria da área, está inibido pelo Ministério Público.

Se o MP não ficar conivente com a omissão de fiscalizar, todas contratações com dispensa de licitação devem ser investigadas, do contrário será a maior farra com o dinheiro público a pretexto de combater o vírus COVID-19. 

Em tempos eleitorais, a calamidade pública se agiganta em volume dinheiro que jorra nas contas de empresas privadas e redistribuídas para terceiros e financiadores de campanhas políticas. 

O caso mais estranho - para o próximo capítulo - é a contratação de R$ quase 5 milhões da PIC-BUM IND. COM. E SERVIÇO LTDA-EPP, com sede em Vila Velha-ES, que por meios transversos e suspeitos comprou a Play City por cerca de R$ 4,5 milhões e já recebeu ontem pelo Diário Oficial do Estado, exatamente o mesmo valor de contrato com dispensa de licitação para atender demandas da coronavírus. 


Confira Diário Oficial do ES 07/04/2020 ↓
http://ioes.dio.es.gov.br/portal/visualizacoes/diario_oficial


A Play City atendia a um esquema da gestão do PT em Cachoeiro e foi alvo de denúncia e processos judiciais. A Câmara Municipal abriu a chamada CEI das Tendas. A empresa tem sede em Cachoeiro de Itapemirim-ES, basicamente, como uma filial tendo como objeto LOCAÇÃO DE ESTRUTURA PARA EVENTOS – ARQUIBANCADA, TENDA, BANHEIRO QUÍMICO, BEM COMO MÓVEIS E EQUIPAMENTOS. Há rumores de que, atualmente, a empresa tem ligações com o diretor administrativo da CESAN, Weidson Ferreira, ex-secretario de Governo da Prefeitura de Cachoeiro-ES, que reside em Vila Velha.

As tendas estão espalhadas pela cidade em todos os festejos e , agora, também em algumas unidades de saúde. Mas, a contratação do Estado para atender Cachoeiro de Itapemirim foi uma dose cavalar de injeção de dinheiro público para combater um vírus que não se apresentou ainda no Município para merecer essa mega operação. A Santa Casa de Misericórdia, hospital referência (receberá 1 milhão para atender pacientes infectados ) tem 12 leitos e apenas quatro ou menos internados.

A secretaria da Cultura é a maior cliente. Agora, a Saúde, pelo Estado. Da farra das Tentas. Com o Decreto de Calamidade Pública, emissão de dinheiro sem concorrência e sem como fiscalizar. Vai vazar pelo ladrão. "Licença para roubar" virou uma pandemia em quase todas as cidades e Estados sem austeridade e zelo para com o erário.

Sede da Play City, no bairro Abelardo Machado, a empresa de R$ 5 milhões em contrato só numa leva

 

A farra das Tendas teve início nos governos do ex-prefeito Carlos Casteglione (PT)
Cerca de R$ 4,5 milhões para atender demanda em Cachoeiro-ES foi uma dose cavalar