Os profissionais de enfermagem da Santa de Cachoeiro de Itapemirim-ES denunciam as péssimas condições de trabalhos sob a égide do medo e da intimidação promovidos pelo superintendente, padre Evaldo Ferreira, e pelo diretor Clínico, Thiago Nora. 

Pelo descrito na carta enviada à redação da FOLHA DO ES, os enfermeiros e enfermeiras aguardam ajuda externa de autoridades competentes para normalizar a situação, segundo eles desumana e insustentável. Por isso pedem socorro. LEIAM:


CARTA AO PORTAL DA FOLHA DO ES


Estamos vivendo num momento de grande desgaste físico, psicológico e acima de tudo, emocional desde a mudança da gestão do hospital. Uma vez que, apos assumir a direção do hospital, o Superintendente Evaldo Praça, substituiu a antiga coordenadora de enfermagem - Virgirnía Gonçalves, por outra coordenação, a atual Kedma de Vasconcelos.

A mudança foi feita em virtude da antiga coordenação não compactuar com a falta de humanidade, falta de respeito com os funcionários  e as imposições que estavam sendo exigidas pela direção e superintendência. Em consequência disso, houve a substituição da coordenação, e mediante a isso, começaram os desfalques nas escalas e os pedidos de demissões da equipe de enfermagem.

Em 02 meses de coordenação da enfermeira Kedma de Vasconcelos, foram muitos pedidos de desligamentos ( em torno de 50, entre enfermeiros e técnicos de enfermagem),  de profissionais  qualificados. Uma vez que, a gestão atual é baseada no autoritarismo e ditadura, e tem como principal ferramenta, a coação dos funcionários, assédio moral, e perfil vingativo  baseada no poder, controlando e oprimindo os subordinados. A mesma não aceita opinião de seus subordinados, e os discrimina.


A mesma, leva em consideração apenas as suas opiniões (e de seus superiores - já que foi contratada para satisfaze -los), sem ouvir sua equipe e tomando decisões apenas pelo que julga melhor.  Esse tipo de atitude  gera desconforto e insatisfação da equipe, que não se sente motivada.


Muitos funcionários possuem duplo emprego, devido as dificuldades econômicas enfrentadas pelos mesmos, sendo que a atividade é pouco valorizada, e apresenta remuneração insatisfatória, o que obriga os profissionais a adequar horários, plantões, e jornadas exaustivas. Porém, a atual coordenação não se preocupa em manter os funcionários, pois não concilia a escala de trabalho com os outros hospitais, fazendo com que a equipe de enfermagem fique desgastada fisicamente com a sobrecarga de trabalho, e isso gera repercussões importantes na saúde fisica e mental.


O ambiente de trabalho tornou - se um local estressante para o pessoal de enfermagem, pois não há uma comunicação efetiva, as escalas possuem deficit no quantitativo de funcionários, e o hospital não contrata mão de obra suficiente para prestar assistência de qualidade aos pacientes.


Hoje, temos uma instituição que não está preocupada com a saúde de seus colaboradores, gerando medo nos profissionais, ansiedade, preocupações, e isso interfere diretamente na qualidade da assistência prestada aos nossos pacientes. A Direção não se importa, porque a coordenadora atende ao perfil imposto por eles.


Infelizmente, a enfermagem não tem a quem recorrer, não temos voz e estamos abandonados - ao Deus dará. A ENFERMAGEM pede socorro.


ENFERMEIRAS E ENFERMEIROS DA SANTA CASA DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES , 25 DE MAIO DE 2020