Mais um médico novato foi demitido sumariamente sexta-feira, 29, pelo superintende da Santa Casa de Cachoeiro de Itapemirim-ES, padre Evaldo Ferreira. Motivo: discorda do sucateamento do hospital e da gestão temerária que elevou a dívida em quase R$ 100 milhões.

A Santa Casa agoniza internamente e externa sua deficiência como a falta de energia por quatro horas na quarta-feira, 28, e dois óbitos. Outros seis médicos já haviam pedido demissões da UTI por falta de protocolos, principalmente, no tratamento do COVID-19.

Desde quando assumiu a Santa Casa, em 2017, o padre utiliza o método de perseguição contra o corpo clínico e demais funcionários, pressionando a se demitirem ou expulsando os que trabalham sem carteira assinada.

Como perdeu o poder de argumentação sobre promessas que não se cumprem como colocar os salários em dia e oferecer condições de trabalho, restou-lhe o método medieval de promover a inquisição, expurgando seus críticos, intimidando os mais novos e pressionando os mais experientes.

Só este ano, mais de seis médicos experientes pediram demissão e o último foi demitido por denunciar falta de medicamentos essenciais no hospital. A dupla de médicos Thiago Nora, diretor técnico, e Rafael Luzório, o faz tudo, são os prepostos do padre para empurrar para fora os colegas, evitando questionamentos que contrariem o padre. Esses, recebem em dia!

A situação é grave e se continuar, em breve, o próprio Estado será responsabilizado por omissão, já que a Diocese não assumirá a responsabilização financeira, administrativa e nem financeira da Santa Casa que serve apenas de dreno para o padre, amparado pela Igreja Católica. A Santa Casa, com isso, é uma caixa preta a ser aberta ao bem das vidas do sul do Espírito Santo.