Com o passar do tempo, os técnicos começaram a dividir o protagonismo no futebol com os jogadores. Continuará sendo assim quando as partidas forem retomadas no Brasil, mas não apenas pelo aspecto esportivo. Afinal, parcela relevante dos treinadores em atividade faz parte dos grupos de risco ao coronavírus. E receberá atenção especial quando os campeonatos começarem, com avaliações mais cuidadosas sobre a condição de saúde.

Apenas na Série A do Campeonato Brasileiro, são cinco técnicos com ao menos 60 anos, idade que baseia a composição inicial dos grupos de risco. São eles: os estrangeiros Jesualdo Ferreira, Jorge Jesus e Jorge Sampaoli, além de Vanderlei Luxemburgo e Paulo Autuori. Há exemplos em outros campeonatos, como Geninho, à frente do Vitória, com 71 anos. E também de veteranos que estão desempregados, mas podem se recolocar no mercado, como Luiz Felipe Scolari, Abel Braga e Marcelo Oliveira.

Os casos, porém, não se limitam apenas à faixa etária, incluindo pessoas que possuem asma, diabetes, hipertensão e outros problemas de saúde. É o que acontece com Renato Gaúcho, que está com 57 anos, mas passou por cirurgias cardíacas por causa de uma fibrilação atrial, problema bastante comum a ex-jogadores, o que levou, inclusive, o Grêmio a mantê-lo no Rio, embora o elenco já venha realizando trabalhos em Porto Alegre. Por isso, a saúde de diversos treinadores precisará de atenção.