Com a vitória por 5 a 0 sobre o Tigre, nesta quarta-feira, no Allianz Parque, o Palmeiras encerrou a primeira fase da Libertadores como líder geral da competição.

Apesar da fragilidade do grupo, a equipe cumpriu muito bem o seu papel. Não deu nenhuma chance aos adversários e sobrou. Além da melhor campanha entre todos os participantes, também tem o segundo melhor ataque e a segunda melhor defesa do torneio.

 

Jogadores do Palmeiras festejam gol contra o Tigre — Foto: REUTERS/Andre Penner

Jogadores do Palmeiras festejam gol contra o Tigre — Foto: REUTERS/Andre Penner

Esses dados, aliás, mostram que nem tudo está errado no Palmeiras e que há muito o que se aproveitar para o restante do ano, sobretudo após a chegada do novo técnico. A equipe está viva nas três competições que restam (as mais importantes do ano) e é um desperdício achar que 2020 "foi jogado fora".

 

 

O que deu certo

 

É difícil fazer um análise em um jogo contra um adversário tão frágil como o desfalcado Tigre. O Palmeiras fez um primeiro tempo bem preguiçoso, e o placar de 1 a 0 demonstra isso. Pouca criatividade e aquele clima de fim de festa foram os destaques.

No segundo tempo foi bem melhor. Não foi preciso se esforçar muito pra golear. Mas o time soube explorar bem as bolas em profundidade pelos lados do campo, com velocidade. Rony, Gabriel Veron e Wesley ganharam a maioria das jogadas dessa maneira. Três gols (e um pênalti desperdiçado) saíram em jogadas pelos lados.

Um pouco mais de dinamismo com a bola no pé, aproximação e rapidez na troca de passes foram suficientes para a goleada. Na etapa final isso ficou evidente, com um time muito mais "com fome" do que no primeiro tempo. Assim o Palmeiras envolveu a fraca defesa adversária e poderia ter feito mais gols.

Andrey Lopes e Raphael Veiga na vitória do Palmeiras contra o Tigre — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Andrey Lopes e Raphael Veiga na vitória do Palmeiras contra o Tigre — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

 

O que deu errado

 

O primeiro tempo foi de muita preguiça. Foram alguns erros no setor defensivo, sobretudo quando tinha a bola – em um deles, quase o Tigre, que pressionava no campo de ataque, conseguiu abrir o placar. Esse início de jogo foi bem decepcionante.

 

Também havia muito espaço no meio de campo entre os jogadores, fruto da pouca aproximação entre eles. Esse foi o principal motivo pra criatividade quase nula. O Palmeiras foi facilmente marcado na etapa inicial.

 

Quem se destacou

 

O jogo trouxe algumas boas notícias individualmente, apesar de o adversário ser horrível. Danilo mostrou personalidade no meio, tanto pra marcar como com a bola – tentou alguns bons passes mais longos. Vale a alternativa de usá-lo ao lado de Patrick de Paula, já que mostra potencial na armação das jogadas.

Raphael Veiga de novo foi bem na criação, com gols e chutes perigosos. Um pouco mais de regularidade no geral pode fazê-lo ganhar a vaga. E também foi um jogo para dar confiança a Rony. Um gol e uma assistência podem ajudá-lo a crescer, ainda mais com um novo técnico chegando.

 

Danilo, do Palmeiras, na partida contra o Tigre — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Danilo, do Palmeiras, na partida contra o Tigre — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras