A situação do Cachoeiro Futebol Clube pode virar caso de Justiça, novamente, e de polícia. Grupo de torcedores e associados estão em busca de promover nova eleição, urgente. O objetivo é ativar o clube juntos às instituições e órgãos competentes, como na própria Federação de Futebol, e para isso depende dos documentos e assinatura do último presidente, Jorge Gava, fiscal aposentado da Prefeitura de Cachoeiro-es.

O fato do presidente em condição híbrida - não se sabe se tem legalidade para ser ou não representante do clube nos dias de hoje - está causando constrangimento. Esses torcedores e ex-dirigentes não conseguem manter contato com Gava (alguns informam que está fora do ES) para assinar ofício e liberar novas eleições junto ao cartório aonde está registrada a última ata em 2014, com ele presidente numa junta diretiva. 

O constrangimento se estende porque o clube perdeu para a Justiça do Trabalho o seu campo pelo valor módico de R$ 945 mil. Outro fato é que mesmo com CNPJ ativo, o Cachoeiro F.C está à deriva. Jorge Gava é o último presidente e tem conhecimento detalhado do destino do dinheiro da venda da área do clube no bairro Arariguaba. Entretanto, não existe balanço e nem relatório financeiro sobre essa conta corrente.

A situação vai ficando mais turva quanto à biografia do clube na maior enciclopédia do Google - Wikipédia - o presidente destacado é Jorge Malta, quando se omite as conquistas do clube de 2000 a 2003 do presidente Jackson Rangel Vieira (Seletiva para Copa do Brasil; Copa do Brasil Fluminense x Cachoeiro; Campeão Sulino pela LDCI; Campeão da Copa Cachoeiro e legado de benfeitorias acima do valor leiloado).

O ex-presidente Jackson Rangel Vieira não está entristecido com omissões de registros no seu mandato, mas porque os dirigentes sucessores (Sérgio Neves, Jorge Malta e Jorge Gava) não deram baixa na receita federal "do meu nome" como em conformidade na transição de dirigentes responsáveis. "Deixaram-me titula fiscal até hoje junto à Receita Federal?. Eu sai em 2003, com prestação de contas contábeis e relatórios oficiais. 

"Se até sexta-feira (19) o presidente vigente, em tese, não assinar o ofício para proceder nova eleição, esse caso vai ter consequências inesperadas. Não aceito! Se tiver de ir na Justiça, vou. Se tiver de ir na polícia, também vou! O prazo que dou a mim mesmo é até sexta-feira e não estou falando pelo grupo. Jorge Gava sempre foi meu amigo, mas recomendo que se apresente com o oficio para consertar essa situação obscura e regularizar o rumo dessa linha do tempo entre 2000 e 2019."

O que era um debate ingênuo de resgate da memória do clube, agora, caiu no campo da indignação. 

*Em tempo: 4h23 , hoje (16) - No Grupo do WatSapp  Torcida Fidalga, o médico e fidalgo Fernando Neto registrou que conseguiu contato com o presidente Jorge Gava e que este se comprometeu em assinar o ofício na segunda-feira, chegando da Bahia. Sendo assim, o jornalista Jackson retira o prazo de sexta, mas mantém a regularidade na Receita Federal dos verdadeiros responsáveis e presentação dos demais documentos e atas sobre referentes aos últimos atos administrativos e financeiros, afim de que não pairam dúvidas sobre a transparência no clube de 103 anos.