Saída do atleta foi em comum acordo com os Merengues Capixabas, mas o centroavante alegou falta de diálogo com Duzinho dos Reis: "Não era favorável à minha chegada"

 

 

 

 

O centroavante Geraldo fez da sua ida para o Real Noroeste, literalmente, uma viagem, dirigindo 1,8 mil quilômetros para assinar com o clube. Um dos pontos atrativos para o atleta foi a estabilidade do contrato de dois anos, mas o compromisso não passou de três meses, dois jogos e apenas poucos minutos em campo pelo clube no Campeonato Capixaba 2021.

 

 

 

 

 

Pelo Real Noroeste o atacante entrou em campo duas vezes, contra o Estrela do Norte aos 44 minutos, e contra a Desportiva aos 35, ambos do 2º tempo. O próprio alegou que o trabalho com o técnico Duzinho dos Reis não estava sendo fácil e faltava diálogo.

 

 

 

 

 

- Minha saída foi feita em comum acordo com o clube. Eu estava cumprindo meu contrato porque respeito muito essa questão, mas cada dia que passava tudo se tornava mais complicado. Se você perguntar a maioria dos jogadores que passaram ali (Real Noroeste), muitos vão repetir a mesma coisa que eu: que é difícil trabalhar com esse profissional em questão. Às vezes nós podemos nos perguntar: “será que o problema está em mim?”. Mas é unânime que não. Não só comigo, mas com vários outros, sabemos onde está o problema.

 

 

 

 

 

"Porém, era insustentável trabalhar com um treinador que se trocou 5 palavras comigo, foi muito. Era perceptível que desde quando cheguei ele não era favorável à minha chegada."

Geraldo se despede do Real no Facebook — Foto: Reprodução/Facebook


Questionado também sobre sua relação com o presidente do clube, Flaris Olímpio da Rocha, e sobre o comprimento de tudo que estava no acordo, o atleta afirmou que tudo está sendo realizado de acordo com o combinado.

 

 

 

 

- Minha relação com o Fláris (presidente) sempre foi de muito respeito e profissionalismo. Ele tem um jeito peculiar de agir como presidente de um clube, mas vejo que às vezes ele se excede mais pela paixão, do que por qualquer outra coisa. Cumpriu comigo com tudo que foi combinado e eu sinceramente não tenho do que reclamar.

 

 

 

 

 

O que diz o técnico?

 

 

 

 

A reportagem também entrou em contato com o treinador Duzinho dos Reis. O técnico, que está no comando dos Merengues Capixabas desde 2019, argumentou que a saída do atleta tem relação com suas características não compatíveis com o estilo da equipe.

 

 

 

 

- Não houve nenhum tipo de problema, só a característica dele (Geraldo) que não era compatível com a maneira de jogar do time. Mas se trata de um bom profissional, nunca deu trabalho, sempre procurou treinar. No entanto, as características dele não eram as propícias para nós, por isso nós preferimos liberar o jogador, para que ele possa ter a possibilidade de jogar e mostrar seu potencial. Não houve nenhum tipo de desavença.

 

 

 

 

 

O futuro?

 

 

 

 

 

O centroavante ainda não definiu o seu futuro. Mas possui duas propostas, uma do Espírito Santo e outra do Nordeste. O atleta está avaliando com sua família as situações para tomar uma decisão.

 

 

 

 

 

 

Geraldo possui passagens importantes pelo solo capixaba. Antes de acertar com os Merengues Capixabas, Geraldo defendeu o Estrela do Norte, em que foi Campeão Capixaba em 2014 e artilheiro, e também conquistou a Copa Espírito Santo 2017, pelo Atlético de Itapemirim. No exterior, atuou na temporada 2018/2019 na Arábia Saudita e marcou 18 gols em 28 jogos.

 

 

 

 

 

O Campeonato Capixaba está paralisado até o dia 1º de abril, como medida de conter o avanço da Covid-19 e diminuir a ocupação de leitos nos hospitais.