O suposto tratamento experimental ao qual Michael Schumacher estaria sendo submetido, com a injeção de células-tronco, foi questionado por médicos ingleses. 


Acidentado em dezembro de 2013, o heptacampeão da F1 teve graves lesões cerebrais e pouco se soube oficialmente desde então. 


Nesta semana, o jornal "Le Parisien" informou que Schumi, de 50 anos, teria dado entrada num hospital de Paris para receber o tal tratamento, mas nada foi confirmado. 


Ao jornal Daily Express, a diretora do Centro de Pesquisa sobre Coma do Instituto Neurológico de Milão (Itália), Matilde Leonardi, se mostrou muito cética.


- Não há tratamento experimental com células-tronco que tenha um efeito positivo para pacientes em estado de consciência mínima como Michael Schumacher. As notícias divulgadas sobre o ex-piloto estão apenas alimentando falsas esperanças e iludindo as famílias dos pacientes. Ontem de manhã recebi duas ligações telefônicas de parentes de dois pacientes que queriam informações para permitir que seus filhos acessassem o mesmo tratamento. Eu me vi explicando que não sabemos nada sobre a existência desse tratamento - disse a médica.


Para Leonardi, existe uma precipitação em relação aos tratamentos com células-tronco, e que ainda não é possível confiar numa solução de problemas neurológicos e de medula com esse tipo de abordagem:

 

- Todos esperamos que sim, mas a verdade é que (o tratamento) não existe, pelo menos por enquanto. Infelizmente, estudos conduzidos com células-tronco para doenças que afetam o cérebro e a medula não deram os efeitos esperados.