A novela envolvendo a saída de Kylian Mbappé do Paris Saint-Germain segue ganhando novos capítulos. Segundo o jornal espanhol Marca, o Real Madrid formalizou uma proposta de 160 milhões de euros (988 milhões de reais pela cotação atual) pelo jogador. A oferta, contudo, já foi rejeitada, de acordo com o Le Parisien. E, pela primeira vez, o clube francês externou incômodo com o assédio dos espanhóis pelo jogador. A desfecho ainda é incerto.

“Nasser Al-Khelaïfi permanecerá inflexível até o fim?”, questionou a publicação francesa, sobre a postura do presidente catariano do clube. Horas depois, foi a vez do brasileiro Leonardo, diretor do clube francês, se pronunciar sobre o caso em entrevista a rádio RMC Sports.

Dissemos não verbalmente, mas não estamos impedindo ninguém. Se alguém quiser ir embora e nossas condições forem atendidas, veremos, mas criamos um sonho com nossos jogadores neste verão e não vamos deixar ninguém destruí-lo. A oferta é considerada muito diferente do que Kylian representa hoje. Também devemos parte desse dinheiro ao Mônaco e consideramos que a proposta não é suficiente”, explicou o dirigente, que externou incômodo com a abordagem do Real.

É especialmente a maneira de fazer do Real que não gostamos. Kylian Mbappé quer ir embora, parece-me claro. Se o Real Madrid faz uma oferta, parece-me claro que dou uma posição que, creio, é clara para todos. Não podemos, na última semana da janela de transferência, mudar nossos planos. Se ele quiser ir embora, não vamos segurá-lo, mas será nos nossos termos”, completou.

De acordo com Leonardo, Mbappé prometeu ao PSG que não deixaria o clube de forma livre, após o fim do contrato, e que foi estabelecido entre a direção do clube que não aceitarão um valor menor do que o investido para tirá-lo do Mônaco, em 2017.

O vínculo do PSG com Mbappé é válido até de julho de 2022. Em janeiro, o atleta já poderá assinar um pré-contrato gratuito com qualquer outro clube. O time da capital francesa enxerga a venda nesta janela de transferências como uma opção mais vantajosa financeiramente de recuperar parte dos 180 milhões de euros (R$ 668 milhões à época) investidos para contratar o jogador do Monaco, a segunda transferência mais cara de toda história, atrás somente da de Neymar, também em 2017.

O Real Madrid tem se comportado assim há dois anos: é incorreto, ilegal mesmo porque contatou o jogador. É inaceitável para nós, porque não é correto. Esta é a prova da estratégia: a oferta chega um ano após o fim do contrato e 7 dias após o fim da janela de transferência”, explicou Leonardo.

O clube espanhol e o jogador correm para viabilizar a negociação até o final da atual janela de transferências, que se encerra no próximo dia 31. O Real também trabalha em uma possível investida pelo retorno de Cristiano Ronaldo, maior artilheiro da história do clube, com 51 gols em 438 jogos, que tem futuro indefinido na Juventus.