A Juventus da Itália vive um delicado momento, já que é alvo de investigações da justiça do país devido a 42 transferências sob suspeita de irregularidades. O caso pode levar o clube a perder títulos e ser rebaixada.  Essas investigações envolvem também Cristiano Ronaldo.

O Ministério Público de Turim está, de acordo com o Corriere Dello Sport, investigando um documento assinado pelo português e a Juventus durante a pausa do futebol em Itália, entre março e junho do ano passado, devido à pandemia da Covid-19.

O jornal italiano dá conta de que todo o plantel e equipe técnica do clube renunciaram aos salários durante a pausa do campeonato, que durou de março até junho daquele ano.

No entanto, Cristiano Ronaldo, agora no Manchester United, terá assinado com os dirigentes do clube um contrato onde a Juventus se comprometia a pagar 10,3 milhões de euros limpos (R$ 63 milhões) a CR7 assim que o lockdown na Itália terminasse e o futebol recomeçasse. Esse montante referia-se aos salários entre junho e março. Por ano, Ronaldo recebia 31 milhões de euros limpos na Itália.

Esta investigação começou após escutas telefônicas entre Federico Cherubini, diretor geral do clube, e o advogado da Juventus Cesare Gabasio, em que, numa conversa, falavam de um documento sobre Ronaldo "que nunca devia ter existido".

Nas buscas às instalações do clube, na passada sexta-feira, não foi, no entanto, encontrado qualquer contrato referente a esta situação. Segundo 'La Gazzetta dello Sport', se não houver notícias a curto prazo sobre essa questão, os promotores poderão convocar Cristiano Ronaldo, embora seja provável que em Turim os seus representantes que prestem o depoimento.

Ao todo, a promotoria da Federação Italiana de Futebol abriu inquérito para apurar, ao todo, 62 negociações irregulares durante 2019 e 2021 – 42 delas seriam da Juventus. A principal delas envolveu a compra do volante brasileiro Arthur do Barcelona por 72 milhões de euros (442 milhões de reais na cotação da época), com a cessão do bósnio Miralem Pjanic.