A partida contra o Racing, nesta terça, no Maracanã, é crucial para a temporada do Flamengo. Uma classificação para as quartas da Libertadores, com o time encorpado por peças importantes como Rodrigo Caio, Isla e Pedro, terá o poder de baixar o tom das cobranças e dar tranquilidade a Rogério Ceni. Um eventual fracasso, no entanto, será o estopim com potencial para iniciar uma revolução interna no departamento de futebol.

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Rodrigo Caio no treino de segunda-feira, no Ninho — Foto: Paula Reis / Flamengo

Rodrigo Caio no treino de segunda-feira, no Ninho — Foto: Paula Reis / Flamengo

Apesar do clima de apreensão, há motivos para confiança em um bom resultado contra os argentinos. Depois de uma inédita semana cheia para preparar a equipe, com a chance de fazer trabalhos que até então não haviam sido possíveis, Rogério Ceni tem a volta de jogadores importantes. E em boa hora.

Rodrigo Caio está recuperado da lesão na panturrilha, e a tendência é de que seja titular ao lado de Léo Pereira. Pedro também está liberado, mas há a dúvida se será titular ou inicia no banco de reservas, com o ataque formado por Vitinho e Bruno Henrique. Ceni ao menos teria no centroavante uma boa opção para entrar durante a partida.

 

Pedro no treino de segunda-feira. Atacante volta a ser relacionado — Foto: Paula Reis/Flamengo

Pedro no treino de segunda-feira. Atacante volta a ser relacionado — Foto: Paula Reis/Flamengo

Isla, que ficou fora do primeiro jogo contra o Racing por causa de dores na coxa na hora do aquecimento, volta ao time titular. Diego, recuperado após ter fadiga muscular, é outro que tem tudo para ficar à disposição.

A parte ruim: embora não esteja machucado, Gabigol dificilmente terá condições de ir a campo. Com desequilíbrio muscular, precisou passar os últimos dias em um trabalho de fortalecimento, a maior parte do tempo na academia.

 

Alvo de críticas, departamento médico esvazia

Hoje, o único no departamento médico é Thiago Maia, que na quinta vai operar o joelho esquerdo e ficará um longo período em recuperação.

 

Nas últimas semanas, o trabalho da área médica e de preparação física virou discussão central no Flamengo, principalmente por causa da saída e chegada de funcionários. Na ocasião, no início de novembro, Márcio Tannure, gerente de saúde e alto rendimento, conversou com a direção e explicou que levaria cerca de um mês para que todos se ajustassem aos processos do dia a dia do Ninho.

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A expectativa é de que daqui para frente, com este prazo esgotado, o DM siga pouco movimentado e Rogério Ceni possa aproveitar mais a força do elenco. De contrário, as cobranças seguirão.

Como empatou o jogo de ida com o Racing por 1 a 1, na Argentina, o Flamengo pode até empatar por 0 a 0 que se classifica para as quartas de final da Libertadores.