Não há nada como uma maratona de sexo para fazer você chegar lá. Isso é, até vocês descolarem os corpos, rolarem um para cada lado da cama para relaxar, e então você percebe que algo está diferente lá embaixo. É normal ficar com a vagina inchada depois do sexo?

 

Assim como você já deve ter imaginado, a resposta é não. Mas não há razão para enlouquecer por isso. Apesar de você e suas amigas não falarem sobre o assunto, isso é bem comum e o problema é fácil de resolver (ufa!).

 

Então o que significa uma vagina inchada após o sexo? Há muitas razões para ela ficar um pouco mais ‘gordinha’ pós-coito.

 

 

Sexo vigoroso

 

Lá vai: todas as vezes em que você fica excitada, sua vulva e vagina começam a inchar em razão de todo o sangue que flui na área, segundo a sexóloga e ginecologista Luisa Rodrigues.

 

“Mas se a mulher notar outros sintomas, como pequenos cortes na abertura da vagina, junto ao inchaço, o motivo pode ser um sexo mais intenso”. De acordo com a profissional, o sintoma também pode vir acompanhado de um pouco de sangramento e a área estar um pouco escura ou azulada.

 

“Não há razão para parar de transar. Para reduzir o inchaço, tomar um analgésico ou sentar em uma banheira cheia de água morna por 15 a 20 minutos também funciona”, diz a especialista.

 

Reação alérgica

 

Você nota que sua vagina, além de inchada, apresenta uma assadura? É muito possível que sua vagina esteja passando por um processo alérgico ou de sensibilidade a algum produto, como o látex da camisinha, ou, até mesmo, o esperma.

 

“Muito mais frequente é que o inchaço após o sexo seja resultado de uma sensibilidade do seu corpo ou alergia a produtos como espermicidas, fragrâncias e látex”, explica. Para descobrir o que está acontecendo, Luisa recomenda primeiro eliminar possíveis agentes e, depois, observar como o corpo responde.

 

Infecção por fungos

 

Palavras que quase todas as mulheres vão ouvir uma vez na vida. Mas desculpe, garota, se está inchada lá embaixo, candidíase pode ser a resposta.

 

“Causada por um fungo chamado cândida (que é naturalmente encontrado na vagina), essa infecção por fungos é conhecida por seus sintomas comuns, como coceira intensa em toda a área”, destaca Rodrigues.

 

Outros sintomas incluem dor ao urinar ou durante o sexo, ardência, vermelhidão, uma pequena assadura e corrimento espesso e esbranquiçado sem odor.

 

Vaginose bacteriana

 

Essa condição acontece quando há uma quantidade muito grande de uma certa bactéria na vagina, segundo a sexóloga.

 

“Enquanto a doença traz sintomas similares aos da candidíase como dor, coceira, ardência e, sim, inflamação e inchaço), a vaginose bacteriana típica causa um corrimento acinzentado, ralo e com cheiro de peixe”, diz Luisa.

 

Tecnicamente, a vaginose bacteriana pode desaparecer sem qualquer tratamento. Mas se você está experimentando algum dos sintomas descritos acima, é bom se consultar com um médico, que pode prescrever medicamentos para tratar o problema.

 

Ressecamento vaginal ou atrofia

 

Transar com a vagina seca pode deixá-la inchada e dolorida. “A razão pode ser a falta de preliminares, mas baixos níveis de estrogênio em razão da menopausa, perimenopausa, lactação ou alguns anticoncepcionais podem trazer ressecamento vaginal e atrofia”, frisa a ginecologista.

 

Se for o último caso, sua vagina também pode dar a sensação de estar com menos elasticidade.

 

Para curar, comece usando lubrificante durante o sexo, para simplesmente reduzir a fricção, que acaba causando o inchaço. “Se isso não ajudar, considere visitar um médico para avaliar a possibilidade de suplementar estrogênio”, orienta a profissional.

 

Infecções sexualmente transmissíveis

 

Certas infecções sexualmente transmissíveis causam inflamação no tecido vaginal, como a clamídia e a tricomoníase, o que resulta em inchaço.

 

“Enquanto a clamídia frequentemente não causa sintomas, a tricomoníase vem acompanhada de vermelhidão, vulva inchada e sangramentos após a relação, além de irritação, odor e um corrimento amarelo acinzentado com odor de peixe”, complementa a profissional

 

Se sentir qualquer um desses sintomas, procure o seu ginecologista.