O sucesso da bebê Mayah Aziz Oliveira começou na sala de parto, ainda na maternidade onde nasceu, em Belo Horizonte. “Ela está com luzes no cabelo”, exclamou surpreso o cirurgião, assim que a criança apareceu. 

“Quando veio o meu xeroquinho foi muito legal”, contou a publicitária e produtora de eventos Talyta Youssef, de 40 anos, mãe da criança. As duas têm piebaldismo, que causa uma desordem na produção da melanina, o pigmento que dá cor à pele.

A publicitária falou que foi um “reboliço” no Hospital Sofia Feldman já nos primeiros minutos da vida de Mayah, que completa 23 dias nesta quinta-feira (13).


E já na maternidade vieram as câmeras, celulares e os holofotes. “Lá na maternidade, as pessoas já começaram a tirar foto dela, e a visitar. Eu fiquei quatro dias internada e aí as enfermeiras, o pessoal da limpeza, o pessoal da equipe do Sofia [Feldman] começaram a ir visitar e a tirar foto. Aí essas fotos já começaram a rodar”, disse Talyta. A imagem da bebê chegou até a fotógrafa Paula Beltrão, que decidiu presentear a família com um ensaio.


‘Ser diferente é legal’
Talyta relatou que sofeu bullying na infância e na adolescência por causa do piebaldismo e que só começou a se relacionar bem com a mecha já na fase adulta, com uns 25 anos.
A mãe da pequena celebridade acredita que a filha não vai passar pelas mesmas dificuldades que ela.

 

 

Piebaldismo

 

A dermatologista Ana Cláudia de Brito Soares, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, disse que é preciso que as escolas conscientizem as crianças sobre o piebaldismo. “É a oportunidade de ensinar aos meninos que existem essas coisas, que isso não faz ninguém pior ou melhor do que ninguém. Diminui o preconceito, a criança fica bem, a autoestima da criança é preservada”, comentou.