A pandemia do novo coronavírus já infectou mais de 5,4 milhões e causou mais de 345 mil mortes em todo o planeta.
Em meio a tantas mortes, uma jovem grávida identificada como Dayane Galvão, de 25 anos, não teve a oportunidade de conhecer a filha Ágatha após o parto.

Dayane foi infectada com o coronavírus e passou 24 dias internada e deu à luz sua filha em coma. Porém, quando ela saiu do coma ainda conseguiu ler uma carta do seu esposo Antônio Carlos Filho, de 27 anos, e na carta dizia que Ágatha estava bem. Pouco tempo depois a jovem teve uma recaída e acabou morrendo no último dia 12 de maio.

Antônio disse que está sendo difícil de lidar com a perda da esposa. Segundo o jovem, eles se conheciam desde criança. Antônia disse que a esposa tinha muito medo de ser infectado com o coronavírus por causa do bebê. No entanto, ela mesmo tomando todas as medidas necessárias, ela acabou sendo infectada com o vírus na metade de sua gestação.

 

No final de abril, a jovem teve que ficar internada e, segundo o esposo, eles se comunicavam através de videoconferência. Pouco tempo depois, Dayane começou ter quadro inicial de pneumonia, porém, o teste para coronavírus deu negativo. Antônio disse que a esposa não queria ficar no hospital. “Eu quero ir embora, estou sentindo que vou morrer aqui”, disse Dayane.

 

No mesmo dia a jovem deixou a unidade médica sem receber alta mas, no caminho de casa ela começou a passar mal e sentir falta de ar. Eles voltaram para o hospital.  Pouco tempo depois, os médicos informaram para o esposo da vítima que seu estado de saúde era grave. No dia 24 de abril, Ágatha nasceu através de uma cesariana pesando 1,2 quilos e teve que ser levada para a UTI.

Após o nascimento da filha, Dayane teve uma pequena melhora e até chegou a ler uma carta do esposo relatando que a filha estava bem. Dias após o parto, ficou comprovado que Dayane estava com coronavírus e teve que ficar internada e estava respirando com ajuda de aparelhos.

 

No dia 12 de maio, Antônio foi ao hospital ver a filha, quando foi informado pelos médicos que a esposa não resistiu ao vírus e acabou morrendo.

Sinto muita falta da Dayane. Sou apaixonado pela minha esposa, que mudou a minha vida e só me fez bem. Vou sempre preservar a memória dela para a Ágatha, contar como a mãe era uma pessoa trabalhadora, carinhosa, alegre e atenciosa. A Dayane realizou meu sonho de ser pai, vou honrar esse compromisso com a minha filha”, finalizou Antônio.