Márcio Xavier de Lima e outras cinco pessoas foram condenadas pela Justiça Federal por aplicarem um golpe milinário contra a Caixa Econômica Federal em Tocantins. Em 2013, Márcio Xavier se passou por um ganhador da Lotofácil e recebeu R$ 73 milhões do banco.

 


De acordo com o G1, a Justiça entendeu que para realizar o golpe ele teve ajuda do gerente da agência do banco, Ronson Pereira do Nascimento. Já os outros quatro condenados atuaram para lavar e ocultar o dinheiro. 

 


Os nomes dos outros condenados são Alberto Nunes Tugeiro Filho, Antônio Rodrigues Filho, Ernesto Vieira de Carvalho Neto e Talles Henrique de Freitas Cardoso. As penas de cada um variam de cinco a 13 anos de prisão e multas.

 


(Loto)fácil até demais
O golpe foi desnudado pela Operação Éskhara, da Polícia Federal. Na fraide, que levou três meses para ser arquitetada, o grupo apresentou uma Declaração de Acréscimo Patrimonial (DAPLoto) falsa ao banco. O documento é emitido pela Caixa quando será feito o pagamento de bilhete de loteria premiado.

 


Segundo o MPF, Márcio Xavier foi até a agência e foi atendido pessoalmente por Robson, mesmo com ele estando de férias. O gerente usou as próprias senhas para acessar os sistemas do banco e recebeu o envelope com a DAPLoto falsa. O concurso referente ao prêmio foi realizado em 5 de dezembro de 2013.

 


O gerente, então, abriu uma conta com um nome falso para Márcio Xavier e realizado a transferência. Em seguida, foram feitas 15 novas operações para outras nove contas para tentar despistar a origem do dinheiro. 

 


Após a fraude, os criminosos, de acordo com a Justiça, fizeram dezenas de transferências financeiras menores, comprado sete veículos zero km e até um avião para tentar ocultar o dinheiro.

 


Na época, a fraude foi considerada a maior da história da Caixa Econômica.