Vem de Curitibanos, no Meio-Oeste catarinense, um exemplo de que mesmo diante da necessidade, a honestidade é o mais importante. Um pedreiro encontrou uma carteira com cerca de R$ 12 mil.

 

 

 

Mesmo precisando de um extra para fechar as contas de fim de mês, ele não pensou duas vezes antes de devolver ao dono.

 

 

 

José Adilson Ferreira, de 42 anos, conta que trabalhou normalmente na manhã desta terça-feira (25) e ao meio-dia foi para casa almoçar. No retorno ao serviço, passou primeiro na escola da filha de 12 anos para buscar uma cesta básica. No caminho viu a carteira no chão e decidiu juntá-la.

 

 

 

 

Ela estava em frente a um ferro-velho, no bairro Bom Jesus, e uma câmera de segurança registrou o momento. Nilson, como é popularmente chamado, conta que assim que abriu percebeu que conhecia de vista o dono, Ivo Mazzuco, como mostravam os documentos. 

 

 

 

 

O pedreiro diz à reportagem do Santa que acreditava se tratar do antigo dono de um mercado que ele frequentava na cidade vizinha de Frei Rogério. Como conhece bastante gente pela região, começou os contatos para ver como conseguiria contatá-lo e fazer a carteira (e o dinheiro) chegar às mãos devidas.

 

 

 

— Dinheiro toda vida é bem-vindo, mas desse tipo assim, não. Eu sou honesto, trabalhador, não preciso disso. A consciência pesa mais do que qualquer coisa que você fizer — diz o pedreiro.

 

 

 

A devolução

 

 

 

Ivo estava preocupado. O empresário do campo não percebeu ter deixado a carteira do bolso enquanto descia do caminhão para ir ao ferro-velho comprar umas peças. Quando sentiu falta, voltou ao estabelecimento. 

 

 

 

Foi aí que olharam as imagens da câmera de segurança e viram o pedreiro juntando e foram procurá-lo.

 

 

 

Logo as buscas mútuas deram certo e a carteira estava na mão do dono.

 

 

 

— Tinha todos os meus documentos, cheques e dinheiro. Realmente ele não tinha retirado nada. Eu dei uma gratificação para ele, mas ele não fez muita questão de pegar, tive de insistir. Graças a Deus deu tudo certo. Agradeço o rapaz por devolver tudo — conta Ivo.