Segundo o documento, desde janeiro de 2020, o Facebook exibiu o conteúdo para mais de 18,4 milhões de pessoas. Já o Google mostrou os anúncios para mais de quatro quintos das pesquisas sobre “gravidez indesejada” e “pílula do aborto” nos Estados Unidos.

 

 

O procedimento divulgado consiste na ingestão de doses altas de hormônios com a intenção de reverter os efeitos de drogas usadas em procedimentos abortivos. Um estudo, no entanto, classifica o suposto tratamento como tendo uma “falta de evidências médicas que demonstrem a segurança e eficácia do tratamento”.

“É nojento que grupos que buscam minar os direitos sexuais e reprodutivos fundamentais sejam capazes de espalhar desinformação para mulheres e meninas vulneráveis. O que é pior – o Facebook e o Google estão ganhando dinheiro com essa propaganda”, disse Imran Ahmed, chefe executivo da CCDH para o The Guardian.

 

Facebook e Google com anúncios

“No passado, os especialistas consideraram os anúncios das chamadas ‘reversões da pílula do aborto’ como desinformação médica potencialmente letal e antiética. É por isso que você não os vê na televisão ou em jornais ou sites de boa reputação”, completou ainda.

“O Facebook e o Google devem interromper esses anúncios, banir os grupos e usuários envolvidos em colocá-los juntos e doar o dinheiro contaminado que receberam para grupos que protegem os direitos sexuais e reprodutivos fundamentais”, finalizou o especialista.

Tanto o Facebook quando o Google colocam esse tipo de conteúdo proibido em suas políticas de anúncio. As regras do Google dizem que a empresa não deve promover “informações enganosas sobre produtos” e “produtos não aprovados pelo governo que são comercializados de forma que impliquem que são seguros ou eficazes”.