Comunidades cariocas estão perto de receber investimentos em infraestrutura que podem chegar a R$ 1,5 bilhão (a considerar o dólar R$ 5,25, como exemplo).

O valor será destinado para o Programa de Urbanização de Assentamentos Populares (Proap 4) , oriundo de uma parceria da Secretaria Municipal de Habitação (SMH) com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que ainda contrataram uma consultoria externa para avaliar as prioridades sociais para o destino do dinheiro.

"Teremos, assim, um índice das comunidades para nortear as intervenções. Estamos na etapa de execução do termo de cooperação técnica com a construção de uma carta consulta. Já a fase de discussão será até agosto ou setembro e, possivelmente, até o fim deste ano seja assinada a carta de intenções", explica o secretário municipal de Habitação, Gustavo Freue, sobre os próximos passos para a liberação dos estimados 300 milhões de dólares.

O montante se soma aos R$ 500 milhões do Morar Carioca, que foi relançado, em março, após cinco anos sem investimentos, sendo que R$ 450 mi são para obras de urbanização integrada e os outros R$ 50 milhões, para regularização fundiária de áreas irregulares.

Comunidades como Chapéu Mangueira e Babilônia, ambas no Leme, na zona sul da capital fluminense, estão entre as contempladas de entregas de títulos. Na zona norte, São Carlos, Azevedo Lima, ambas no Estácio; além de Parque Alegria, no Caju; e Vila Esperança, em Acari, devem ingressar a lista de moradores que possivelmente serão beneficiados, junto com Tijuquinha, no Itanhanguá, na Zona Oeste.

No último dia 5, o jornal O Dia mostrou, com exclusividade, que a cidade ainda possui famílias que vivem em casas de barro no Pavão-Pavãozinho, uma das comunidades situadas em áreas nobres da zona sul, no bairro de Ipanema. Ao todo, são nove famílias que moram nestas condições na localidade chamada de Vietnã, na parte alta do morro.


Após a reportagem, a SMH realizou vistoria e constatou que a área onde estão os casebres de pau a pique não é permitida a construção, impossibilitando qualquer projeto de urbanização no local. A solução dada foi pagar o aluguel social, no valor de R$ 400, pois há necessidade de remoção, já que é proibido construir no local por ser área de proteção ambiental.

"Precisamos fazer a retirada dessas famílias o mais rápido o possível e as lideranças locais concordam com a demolição. Então, os técnicos da Secretaria irão na terça (28) já cadastrar as famílias, que terão um tempo para conseguir um novo lugar", salienta o secretário.